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Impacto de Trump ou Hillary na economia será limitado, diz banco

Fatores como a saúde das empresas e as taxas de juros vão impactar mais a economia e os mercados do que a retórica de campanha

Por Marcelo Sakate Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 out 2016, 12h08

A campanha americana para a eleição do próximo presidente tem sido marcada por promessas mais radicais do que nas últimas disputas, mas isso não significa que o sucessor de Barack Obama a partir de 2017 – seja ele o republicano Donald Trump ou a democrata Hillary Clinton – conseguirá colocar em prática muitas das propostas. Nesse contexto, o impacto das eleições nos mercados financeiros será provavelmente muito mais contido do que a retórica dos candidatos sugere. A análise é do J.P.Morgan Asset Management,  a divisão do banco americano que administra mais de 1,8 trilhão de dólares em ativos.

“Os Pais Fundadores (Founding Fathers, os líderes políticos que forjaram a nação americana) criaram um sistema político (…) mantido em equilíbrio por uma estrutura de freios e contrapesos. Esses freios asseguram que nenhum líder ou partido exerça o poder ser restrições”, escrevem os analistas Andrew Goldberg e Hannah Anderson, do J.P.Morgan Asset Management, em relatório para orientar os investidores de acordo com os cenários mais prováveis.

Nenhum dos dois candidatos deve ser capaz de impedir uma recessão em algum momento ao longo dos próximos quatro anos, de acordo com projeções do banco em cima da análise histórica dos ciclos de expansão e retração da economia.

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Os analistas lembram que, historicamente, projetos em temas tão diversos como tributação, regulação financeira, imigração e saúde costumam ser atenuados quando passam pelo Congresso. “Investidores não devem avaliar as perspectivas de mercado com base nas propostas originais que eles escutam durante a fase de campanha”, alertam Goldberg e Anderson.

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O Partido Republicano possui atualmente o controle (ou seja, tem a maioria dos congressistas) tanto da Câmara como do Senado. Em caso de vitória de Hillary, os analistas do J.P.Morgan Asset Management avaliam que há mais de 50% de chances de os democratas reconquistarem o controle do Senado, uma vez que basta ganharem quatro cadeiras a mais (de 34 que estarão em jogo). Na Câmara, é pouco provável que consigam fazê-lo, pois precisariam aumentar a sua presença em 32 representantes.

Goldberg e Anderson dizem que, mesmo com vitória de Trump e manutenção da liderança republicana na Câmara e no Senado, o Congresso deve atuar para aliviar os impactos das propostas do bilionário. Entre elas estão algumas polêmicas, como banir temporariamente a entrada de mulçumanos nos Estados Unidos, construir um muro na fronteira com o México (e fazer o país vizinho bancar o custo da obra) e rediscutir os termos do Nafta, o bloco de livre comércio com o México e o Canadá.

“São os fundamentos, e não as eleições, que serão os fatores mais importantes para os preços de ativos nos próximos anos”, escrevem os analistas do J.P.Morgan Asset Management. Segundo eles, informações sobre os balanços das empresas, as taxas de juros, o dólar e o ciclo econômico terão influência maior sobre os portfólios dos investidores.

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