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Hotel de Campos do Jordão deixa de comprar produtos da JBS

O Toriba, fundado em 1949 e que recebe cerca de 100 hóspedes, decidiu boicotar o frigorífico por causa punição dada aos donos da empresa, considerada baixa

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2017, 14h07 - Publicado em 30 Maio 2017, 12h57

O hotel Toriba, na cidade serrana de Campos do Jordão (SP), deixou de comprar produtos da JBS em protesto ao envolvimento da empresa em esquemas de corrupção. A suspensão é por tempo indeterminado e abrange também os produto de outras empresas da J&F, controladora do frigorífico, como Vigor e Alpargatas.

A delação de um dos donos da controladora da JBS, Joesley Batista, veio a público há duas semanas, após a notícia de que ele teria gravado o presidente Michel Temer dando aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo Arek Farkouh, sócio do hotel, o boicote é uma forma de protestar contra a punição branda que foi imposta pelos crimes delatados. “Como empresário que trabalha no Brasil há décadas, se matando para pagar funcionário, para fazer as coisas certas, quando se vê um grupo desses comprando políticos, tentando contornar Cade, CVM, conseguir empréstimo para comprar empresas e gerar empregos nos EUA e sair com um acordo para pagar multa de 250 milhões de dólares (815 milhões de reais) é revoltante”, afirma.

O acordo de delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, da J&F, deu a eles imunidade em relação a processos criminais decorrentes do caso em troca da multa e do compromisso de prestar informações. Joesley obteve também autorização para deixar o país, e seguiu para os Estados Unidos. Além da delação dos controladores, a JBS também negocia um acordo de leniência com o Ministério Público, que pede 11 bilhões de dólares (35,89 bilhões de reais) em multa para não abrir processos contra a empresa em troca de informações sobre crimes.

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O sócio do Toriba publicou uma mensagem no seu Facebook na última semana, mas diz que o hotel não vai fazer nenhum tipo de comunicado aos clientes, pois não seria do interesse deles. Ele diz que recebeu dezenas de mensagens de outras pessoas dizendo que também não comprariam os produtos da J&F, inclusive outros empresários. A ideia é manter o protesto até que haja uma punição maior da empresa pela Justiça.

 

 

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