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Guia de compra para seu próximo celular: o que é importante saber

Características como tela, duração de bateria e capacidade de armazenamento devem ser consideradas na hora de escolher um novo smartphone

Por Igor Lopes
Atualizado em 21 dez 2018, 16h57 - Publicado em 21 dez 2018, 16h55

Com tanta variedade de modelos e preços no mercado, escolher um novo smartphone tornou-se tarefa difícil até mesmo para os mais entendidos no assunto. Afinal de contas, é melhor levar um aparelho com Android ou com iOS? Como saber se a câmera aparelho é boa? Será que a bateria vai durar até o fim do dia? Além desses requisitos, será que o aparelho tem espaço de armazenamento suficiente para todas as fotos e vídeos baixadas de grupos de Whatsapp?

Hoje, segundo o site Statista, cerca de 36% da população mundial tem um smartphone para chamar de seu, e essa proporção cresce cada vez mais rapidamente. De acordo com a consultoria IDC, 1,49 bilhão de unidades foram despachadas pelas fabricantes em 2018 – boa parte disso para substituir aparelhos que se tornaram obsoletos com o tempo. É exatamente para quem está prestes a encarar a missão de trocar de smartphone que essa guia de destina. Especialistas do mercado dizem o que é importante avaliar na hora de escolher o melhor aparelho – basicamente, a decisão depende do perfil do usuário e do tipo de uso que será feito do celular

Quais são as características que devem ser analisadas na hora da compra:

Tela

Cada vez mais as pessoas consomem conteúdo em vídeo nos seus dispositivos móveis. Por isso mesmo, a tela virou fator decisivo na compra de um novo smartphone. Uma característica importante a se avaliar nesse quesito é o tamanho. Primeiro é preciso saber se a pessoa se dá bem com aparelhos grandões. Em caso positivo, existem opções de até 6,2 polegadas que agradam na hora de assistir a uma maratona de vídeos no YouTube ou Netflix. Mas se a mão é pequena ou o usuário não gosta de aparelhos gigantes, é melhor escolher um aparelho menorzinho. O grande segredo, aqui, está na resolução. Na medida do possível, fuja das telas HD e procure pelo menos por uma resolução FullHD (1920×1080 pixels). Os smartphones mais completos já têm resolução quad-HD (2560 x 1440 pixels) e alguns já oferecem, inclusive, resolução 4K (3840 x 2160). Em resumo, quanto maior a resolução, mais definida será a imagem.

Mas isso não é tudo: uma boa imagem é composta por um conjunto de fatores que vão além da simples quantidade de pixels. Por isso, também preste atenção no brilho máximo da tela (você quer enxergá-la na rua, debaixo do sol forte, certo?), na qualidade das cores, na tecnologia empregada e nos ângulos de visão. Na medida do possível, sempre vá a uma loja e experimente o aparelho em mãos antes de passar o cartão de crédito.

Para quem tem mão é pequena ou o não gosta de aparelhos gigantes, é melhor escolher um aparelho menorzinho (iStock/Getty Images)

Bateria

Se tem algo que irrita qualquer pessoa é uma bateria que não consegue manter o smartphone ligado até o final do dia. A capacidade de carga de um aparelho é medida em miliampères (mAh) e, em resumo, quanto maior esse número, mais energia o aparelho é capaz de armazenar. Portanto, escolha aparelhos com baterias de 3.000 mAh no mínimo.

Mas muitos fatores – incluindo o tamanho da tela, o modelo do processador e a versão do sistema operacional – podem fazer com que o consumo seja maior ou menor. Telas maiores costumam consumir mais, assim como processadores e sistemas operacionais mais antigos.

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Uma outra dica bacana aqui é pesquisar se o smartphone oferece o sistema de fast charge ou carga rápida. Se for para andar com o carregador para cima e para baixo, que pelo menos ele faça o trabalho de recarga rapidinho!

Celular com bateria baixa (iStock/Getty Images)

Performance

Aquele smartphone comprado há dois anos não consegue hoje nem mais abrir o Whatsapp sem dar uma travada. A culpa, nesse caso, é do processador fraquinho e/ou da pouca quantidade de memória RAM. Fazendo uma analogia simples, o processador é como se fosse o cérebro do smartphone. Quanto melhor o processador, mais rápido o aparelho pensa. E de nada adianta um bom cérebro se ele não tiver memória suficiente para lembrar do que foi processado, não é mesmo? Por isso, é melhor fujir de processadores dual-core e invista em aparelhos que sejam, pelo menos, quad-core. Os termos dual e quad significam dois e quatro, respectivamente. Já core significa núcleo. Em resumo, um processador quad-core tem quatro núcleos de processamento. É como se ele pensasse duas vezes mais rapidamente que os dual-core. Os chips mais avançados são octa-core (oito núcleos) e processam ainda mais informações por segundo. Além da quantidade de núcleos, outra característica que faz diferença é a velocidade do processador, medida em GHz. Quanto maior o número (1,8 GHz, 2 GHz, 2,2 GHz), mais rápido é o processador.

Outra dica importante é fugir de smartphones com menos de 2 GB de memória. Esse é o limite mínimo para que ele possa oferecer uma boa experiência a essa altura do campeonato.

Essas especificações são válidas para aparelhos Android. É que o sistema da Apple é mais otimizado e desenvolvido para rodar em apenas um tipo de smartphone (no caso o iPhone, contra centenas de modelos Android diferentes). Por isso, o iPhone tem especificações menos robustas mas, nem por isso, deixa de ser bem esperto.

Quanto melhor o processador, mais rápido o aparelho pensa (//iStock)

Câmera

Quanto mais megapixels, melhor a foto de um aparelho, certo? Bom… não exatamente. Mais megapixels em uma foto significa que ela consegue registrar imagens que podem ser melhor ampliadas, mas isso, por si só, não garante a qualidade da câmera do smartphone.

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Para facilitar a escolha, não leve em consideração aparelhos que tragam sensores traseiros com menos de 8 MP. Também é importante verificar a abertura de foco: quanto menor o número dessa especificação, maior quantidade de luz passa para dentro do sensor – portanto, melhor a qualidade da imagem. Abertura de foco 1.7 ou 1.8 são ótimos valores atualmente.

Cada vez mais, as câmeras dos smartphones também oferecem soluções de software e inteligência artificial para deixar as imagens mais bonitas. Uma dessas características muito em voga atualmente é o efeito bukeh, ou o desfoque do fundo nas imagens, evidenciando o primeiro plano.

Se o assunto é vídeo, preste atenção não só na resolução, mas também na quantidade de frames capturados. Se for capaz de fazer vídeos com qualidade 4K a 60 frames por segundo é porque é uma ótima câmera. No outro extremo, vídeos FullHD a 30 frames por segundo são o mínimo aceitável.

Se possível, sempre teste o smartphone que você quer comprar para saber se o click é rápido. Muitas vezes, smartphones mais básicos ou intermediários têm um atraso entre o momento em que você aperta o botão e o momento em que ele registra a foto. Aposto que você já passou pela experiência de perder aquele flagra por conta disso…

Mais megapixels em uma foto significa que ela consegue registrar imagens que podem ser melhor ampliadas, mas isso, por si só, não garante a qualidade da câmera (iStock/Getty Images)

Armazenamento

Em tempos de memes, fotos e vídeos espalhados sem parar por grupos de WhatsApp, um fator fundamental na escolha de um novo smartphone é sua capacidade de armazenamento. Aqui, a regra é clara: quanto maior o armazenamento, melhor. Fuja de aparelhos com 16 GB de memória interna – o mínimo indicado no final de 2018 é 32 GB.

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Um detalhe importante é pesquisar se o smartphone aceita expansão da memória via cartão MicroSD. Assim, basta comprar um chip extra para ter até 1 TB de espaço a mais para armazenar conteúdos. É importante lembrar, no entanto, que o microSD não aceita instalação da maioria dos aplicativos; ele funciona, basicamente, para armazenamento de mídias (fotos, vídeos, mensagens etc).

Um fator fundamental na escolha de um novo smartphone é sua capacidade de armazenamento (//iStock)

Sistema Operacional

Android ou iOS? Muitos se fazem essa pergunta na hora de trocar de smartphone. O Android domina o mercado mundial de dispositivos móveis e a razão é óbvia: existem muito mais opções diferentes de aparelhos em termos de design, tamanho de tela, especificações, armazenamento e preço. Além disso, o Android é um sistema operacional aberto, o que significa que é mais fácil customizá-lo com launchers e widgets.

Hoje, tanto o Android quanto o iOS são sistemas bastante estáveis e seguros. E, em linhas gerais, quem tem o ecossistema formado em um sistema operacional, dificilmente, vai migrar para o outro. É que ao mudar de time, o usuário perde grande parte da integração entre aplicativos, mensagens, armazenamentos na nuvem, agenda etc, enquanto passar para um novo smartphone dentro de um mesmo sistema operacional é tarefa muito mais simples. O seu novo dispositivo ficará com os mesmos aplicativos, a mesma agenda e a mesma cara caso o usuário tenha feito o backup de seus dados. Quem opta por mudar de sistema operacional gasta um tempinho reorganizando sua vida online.

Outro detalhe importante é olhar em volta e perceber como está montado o ecossistema de aparelhos do usuário. Se o cliente tem iOS, Mac, Apple Watch, Apple TV e todos eles estão conversando entre si não faz sentido mudar para um smartphone Android, pois a dor de cabeça será grande. Do outro lado, se você tem um smartphone Android, um PC, um Chromecast e um smartwatch, é melhor continuar no Android. A conversa entre aparelhos vai fluir de uma maneira muito mais harmoniosa. Tem um outro detalhe: ao mudar de sistema operacional, é preciso comprar todos os aplicativos pagos na nova plataforma. E ninguém quer gasto extra, não é mesmo?

Já sei escolher! E agora, o que cabe no meu bolso?

Depois de verificar as principais características do aparelho, o consumidor deve definor quanto está disposto a gastar com o novo gadget. Para facilitar, sugerimos três categorias de preço: básica (até 1 000 reais), intermediária (entre 1000 e 2500 reais); e top de linha (acima de 2500 reais).

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É preciso se perguntar o que pretende realmente, fazer com o novo smartphone. Muitas vezes, a pessoa quer um top de linha, mas usa o aparelho apenas para navegar na internet e acessar redes sociais. Para isso, não é necessário ter um processador super potente e dá para se contentar com um modelo básico ou intermediário.

Para quem não faz o perfil “ostentador”, que adora andar com o último lançamento do momento, é melhor optar por aparelhos ex-topo de linha, aqueles que acabaram de ser substituídos por novos modelos.

Com os pés no presente, mas de olho no 5G

A Qualcomm, principal fabricante de processadores móveis da atualidade, lançou neste mês o Snapdragon 855, primeiro chip capaz de se conectar às redes 5G. Por isso mesmo é esperado que, em 2019, os primeiros aparelhos capazes de se conectarem às novas redes sejam comercializados, deixando aparelhos 4G defasados em alguns mercados. Nos EUA, Europa e Ásia, as redes 5G já estão em testes há algum tempo e serão oferecidas para o público a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Já no Brasil, apesar do interesse das operadoras, ainda há uma questão técnica que precisa ser resolvida. O espectro destinado à faixa 5G ainda não está disponível. Por isso, o 5G só será realidade por aqui em 2020 ou 2021.

Ainda assim, é bom ficar de olho na novidade: a tecnologia de 5ª geração móvel proporcionará mais velocidade (até 1 Gbps de conexão no seu smartphone) e uma latência (tempo de resposta entre o servidor e o seu aparelho) muito menor. Em termos práticos, estamos falando de downloads muito mais rápidos que os atuais, além de conversas entre objetos – e não só entre smartphones – com o mínimo de delay. Será possível baixar um filme em poucos segundos, além de abrir portas para experiências até então pouco exploradas na área de realidade virtual. Será possível assistir a um jogo ou a um show ao vivo no smartphone em 360 graus, numa experiência totalmente imersiva, como se estivesse sentado na primeira fileira do estádio. A tecnologia 5G promete mudar a forma como se consome conteúdo nos smartphones e, exatamente por isso, as necessidades de hardware vão se transformar.

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