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Grupo do Brasil interrompe negociações sobre economia verde

Manobra é tida como uma forma de colocar pressão sobre os países desenvolvidos, que podem ser os maiores promotores das práticas sustentáveis em setores como construção, agricultura e transporte

Por Luís Bulcão, do Rio de Janeiro
15 jun 2012, 12h14

O grupo G-77+China, composto por mais de 130 países, entre eles o Brasil, se retirou das negociações sobre economia verde na Rio+20, na tarde de quinta-feira, no Riocentro. O motivo foi a estagnação nas negociações sobre o tema meios de implementação, que lida com a parte de comércio internacional, financiamento e transferência de tecnologia.

Nos bastidores, a manobra é tida como uma forma de colocar pressão sobre os países desenvolvidos, que podem ser os maiores promotores da economia verde. “Até o G-77 dar alguma resposta, não sabemos quando as negociações para economia verde poderão ser retomadas”, disse Patrick Wittmann, representante do Canadá, ao fazer a avaliação das negociações durante a reunião plenária do grupo que discute o tema.

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Pessimismo – O encontro de quinta-feira à noite, destinado a relatar os avanços, teve clima de pessimismo. Praticamente todos os grupos relataram lentidão nas negociações e não puderam demonstrar avanços efetivos. Nenhum progresso foi feito, por exemplo, nos parágrafos que tratam de comércio internacional. Os países em desenvolvimento buscam se resguardar de eventuais medidas protecionistas dos países desenvolvidos através de ferramentas ambientais, como a economia verde. Além disso, esperam contar com maior comprometimento em termos de recursos financeiros para a promoção do desenvolvimento sustentável. Os confrontos também se dão em torno do princípio de responsabilidades diferenciadas, segundo o qual os países que mais contribuíram para a degradação ambiental têm uma conta maior a pagar.

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Ao final da sessão, o copresidente Kim Sook não confirmou o prolongamento das negociações, que deveriam terminar nesta sexta-feira, mas afirmou que o Brasil deve mesmo assumir o comando a partir de a meia-noite de hoje. “Não escutem a rumores. Não falamos nada sobre isso (prolongamento das negociações). O que é claro, e temos confirmação, é que o Brasil vai assumir e o mandato se conclui amanhã. Isso é tudo o que posso dizer”, afirmou.

Na manhã desta sexta-feira, a ONG Oxfam divulgou um comunicado afirmando que uma forte liderança do Brasil é esperada para destravar as negociações. Segundo a ONG, que participa da conferência através da representação dos Grandes Grupos, o processo ficou estagnado desde que teve início, na manhã da última quarta-feira.

O que é economia verde:

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