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Grupo da família Bin Laden demite 77 mil na Arábia Saudita

Em dificuldades financeiras, conglomerado, que atua na construção civil, pode cortar, além de estrangeiros, também 12 mil funcionários sauditas

Por Da Redação
2 Maio 2016, 20h34

O grupo empresarial saudita BinLadin, do ramo da construção e fundado pelo pai de Osama Bin Laden, demitiu 77.000 trabalhadores estrangeiros e pode fazer o mesmo com outros 12.000 funcionários locais.

Segundo informou nesta segunda-feira o jornal saudita Al Watan, que cita fontes do conglomerado, a empresa entregou o visto de saída do país a 77.000 trabalhadores estrangeiros até este domingo. A medida equivale a demissão e expulsão da Arábia Saudita.

A previsão é que o mesmo ocorra com outros 12.000 trabalhadores sauditas, dos 17.000 que trabalham nas empresas do grupo. Os demitidos sauditas incluiriam diretores, engenheiros, funcionários da área administrativa e supervisores, segundo detalhou a publicação, que não especificou os motivos da medida.

Cerca de 50.000 trabalhadores estrangeiros que perderam o emprego recentemente se recusaram a sair Arábia Saudita até receber o pagamento dos quatro meses de salários atrasados. O conglomerado emprega cerca de 200.000 pessoas na Arábia Saudita.

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Os demitidos protagonizaram protestos nos últimos dias em frente à sede do grupo, no bairro de Al Salama, na cidade de Jidá, no litoral do Mar Vermelho. Segundo a emissora saudita Al Arabiya, sete ônibus da empresa foram queimados nos arredores da sede.

Na rede social Twitter, muito popular na Arábia Saudita, os usuários se manifestaram para exigir o cumprimento de seus direitos trabalhistas. A fonte citada pelo Al Watan afirmou que a empresa vai pagar pelo menos 70% dos salários atrasados aos operários estrangeiros para que possam retornar a seus países.

Origem dos problemas – O grupo BinLadin, criado em 1931, se dedica principalmente à construção e realiza grandes projetos de infraestrutura na Arábia Saudita e em outros países do Oriente Médio. A empresa entrou em crise após ser responsabilizada por um grave incidente em setembro do ano passado na cidade santa de Meca, onde morreram 107 pessoas e 238 ficaram feridas com a queda de um guindaste no interior da Grande Mesquita.

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De acordo com as investigações, a principal causa da queda do guindaste foi a forte ventania, mas o comitê investigador responsabilizou parcialmente a prestadora de serviços BinLadin. Após o incidente, as autoridades sauditas proibiram a empresa de assumir novos projetos nacionalmente.

Atualmente, o grupo tem dívidas de 4,8 bilhões de riales (1,27 bilhão de dólares), que vencem em 2017, e outros 595 milhões de riales (158 milhões de dólares) com vencimento em 2018, segundo dados divulgados pelo jornal saudita Al Okaz.

(Com EFE)

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