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Grécia no centro da agenda de Merkel-Lagarde; Bolsas conseguem respirar

Por Por Mathilde Richter
10 jan 2012, 15h12

A chanceler alemã, Angela Merkel, receberá nesta terça-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em uma reunião que terá como pano de fundo a Grécia, novamente em perigo em uma Eurozona sob tensão.

Apesar dos riscos enfrentados pela Europa, as bolsas e o euro apresentam alta nesta sessão, estimulados pela notícia de que a agência Fitch descartou a possibilidade de reduzir a nota da França em 2012.

Lagarde já se reuniu pela manhã com o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble, e prevê fazê-lo com Merkel à noite. O encontro será, segundo a chanceler, “um intercâmbio informal” sobre “assuntos da atualidade referentes às finanças mundiais”.

A situação, no entanto, é bastante delicada, em particular na zona do euro, para que o encontro seja uma simples visita de cortesia, um dia depois da visita a Berlim do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e às vésperas da visita do chefe do governo italiano, Mario Monti.

Lagarde visitará Paris na quarta-feira, para reunir-se com Sarkozy.

Merkel e Sarkozy reconheceram na segunda-feira que a situação é muito tensa e tem sido ainda mais inflada pela polêmica sobre o imposto sobre transações financeiras.

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A ministra da Economia da Dinamarca, Margrethe Vestager, cujo país ocupa este semestre a presidência da União Europeia, disse nesta terça-feira que se opõe ao projeto da maneira como ele está, enquanto que as autoridades francesas repetiram nesta terça-feira sua intenção de introduzi-la este ano.

Os mercados, por sua vez, apresentam alta nesta terça-feira, refletindo o anúncio da agência de classificação Fitch de que não prevê reduzir a nota máxima AAA da dívida francesa em 2012.

Essa notícia se sobrepôs ao anúncio do Banco da França, que confirmou um crescimento nulo para o país no quarto trimestre.

Ao mesmo tempo, um responsável da Fitch declarou que a Itália se encontra em uma situação preocupante por sua colossal dívida e que sua nota soberana (A+) pode ser reduzida antes do final do mês, assim como a da Espanha.

O euro também ganhava terreno ante o dólar nesta terça-feira depois de tocar na segunda-feira seu nível mais baixo desde setembro de 2010 e as Bolsas europeias fecharam no azul: Londres ganhou 1,50%, Paris +2,66%, Frankfurt +2,42%, Madri +2,34% e Milão +3,08%.

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Na Grécia, que precisa desesperadamente de um novo crédito para evitar a quebra, a negociação com o setor privado sobre o perdão da dívida grega “terminará logo”, disse nesta terça-feira o comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn.

“Estamos prestes a finalizar as negociações (com os bancos) sobre sua participação” no resgate da Grécia, disse.

As negociações tratam sobre a eliminação de 50% da dívida pública grega em mãos de credores privados, ou seja, 100 bilhões de euros dos mais de 350 bilhões que soma a dívida do país, mediante uma troca de obrigações.

A Grécia emitiu nesta terça-feira 1,625 bilhão de euros em bônus do Tesouro a seis meses, com um juros de 4,9%, em ligeira baixa com relação à última emissão deste tipo, anunciou nesta terça-feira a agência grega de gestão da dívida pública (PDMA).

Esta emissão coincide com as negociações com os credores privados para obter o perdão de 100 bilhões de euros de sua colossal dívida de mais de 160% do PIB, segundo o plano de desendividamento acordado na zona do euro ao final de outubro.

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