Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Grécia inicia nova campanha eleitoral em meio a incertezas

Por Por Hélène Colliopoulou
18 Maio 2012, 12h28

A Grécia entrou novamente em campanha eleitoral para as legislativas de 17 de junho, em meio a temores cada vez mais acentuados sobre um possível afastamento do país da zona do euro e uma forte turbulência dos mercados.

Esta será a segunda eleição em menos de dois meses, o que agrava a incerteza política e a ansiedade dos credores, UE, BCE e FMI, que duvidam da vontade dos gregos em prosseguir com a austeridade fiscal, imposta desde 2010, após a vitória dos partidos contrários ao rigor nas eleições de 6 de maio.

A Grécia entrou novamente em campanha eleitoral para as legislativas de 17 de junho, em meio a temores cada vez mais acentuados sobre um possível afastamento do país da zona do euro e uma forte turbulência dos mercados.

A campanha eleitoral, que deverá girar em torno da questão da permanência do país na zona do euro e no prosseguimento das medidas de austeridade, poderá se transformar em um duelo entre a Nova Democracia (ND) e o Syriza.

Na semana passada, o Syriza aparecia em primeiro lugar nas intenções de votos, mas uma nova pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo jornal conservador Eleftheros Typos e realizada pelo Intituto Marc aponta a direita em primeiro lugar, com 23,1% dos votos, contra 21% para o Syriza e 13,2% ao PASOK (socialistas).

Mas, mesmo antes da votação, os títulos gregos já não têm quase nenhum valor nos mercados mundiais.

Continua após a publicidade

A agência de classificação financeira Fitch reduziu na quinta-feira ainda mais a nota de longo prazo da dívida em moeda estrangeira, de “B-” para “CCC”, citando um “risco elevado” de saída do país da zona do euro.

Em termos políticos, a instabilidade aumentou após o fracasso dos líderes dos partidos em formar um governo de coalizão depois da fragmentação do Parlamento nas eleições de maio.

A volta às urnas vai provocar mais atrasos no plano de ajuste das finanças do país e alguns investidores temem que a Grécia abandone completamente seus esforços e compromissos.

Já o processo de privatização, ditado pela UE e FMI, foi suspenso até as próximas eleições.

O FMI também anunciou na quinta-feira que suspenderia os contatos com Atenas até as legislativas, em consequência do estabelecimento na quinta-feira de um governo interino na Grécia, que só pode administrar os negócios diários, privando o Parlamento de legislar.

Continua após a publicidade

O ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, pediu nesta sexta-feira que a Grécia “continue na Europa”. Mas “isto pressupõe que o país faça o que for necessário para encontrar um desenvolvimento econômico mais saudável”, advertiu.

Em relação ao nervosismo do mercado, ele considera que o “apaziguamento” levará de 12 a 24 meses para acontecer.

O presidente do Parlamento Europeu, o social-democrata alemão Martin Schulz, em visita a Atenas, afirmou nesta sexta-feira que uma saída da Grécia da Eurozona não seria “o fim de um desenvolvimento negativo, mas o início de algumas mudanças ainda mais negativas”.

Durante um encontro com o presidente grego Karolos Papoulias, lamentou o fato de que “nós falamos da Grécia, mas nunca com os gregos”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.