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Frágil esperança de formação de um governo pró-europeu na Grécia

Por Por Hélène Colliopoulou e Isabel Malsang
10 Maio 2012, 16h12

A Grécia registrou um primeiro avanço para a formação de um possível governo de coalizão pró-europeu, disse nesta quinta-feira o líder socialista Evangelos Venizelos, depois de reunir-se com o dirigente do pequeno partido Dimar, de esquerda, Fotis Kouvelis.

Kouvelis se manifestou favorável à formação de um governo “ecumênico” cuja missão seria “manter o país na zona do euro”.

“Demos um primeiro passo”, declarou Venizelos ao término da reunião com os dirigentes do Dimar, que dispõe de 19 deputados no Parlamento.

O encontro fez parte da série de contatos feitos por Venizelos para formar um governo após as eleições legislativas de domingo passado, que não havia apresentado nenhuma melhoria clara até o momento.

Os 19 deputados de Dimar poderiam permitir ao partido socialista PASOK (41 deputados) e ao conservador Nova Democracia (108 deputados) superar a barreira da maioria absoluta no Parlamento.

Até quinta-feira, Kouvelis havia manifestado sua preferência por um governo de coalizão com o partido de esquerda radical Syriza, cujo líder, Alexi Tsipras, renunciou na quarta-feira à tentativa de formar um governo.

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Para que as negociações tenham um desenlace positivo, Venizelos precisa convencer ao líder de Nova Democracia Antonis Samaras, com quem se reunirá na sexta-feira.

Apesar das dificuldades, Venizelos afirmou que tem a seu favor o fato de “o povo querer estabilidade e a permanência no euro e não desejar novas eleições”.

O Passok foi reduzido a 41 deputados dos 300 do Parlamento após o castigo infligido pelos gregos nos comícios de domingo aos partidos pró-austeridade. Além do Pasok, também foi castigada a Nova Democracia, que governou juntamente deste último desde novembro.

Juntamente do primeiro-ministro da coalizão, Lucas Papademos, Venizelos foi o artífice do acordo sobre o segundo empréstimo da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que levou a condenação de cerca de um terço da dívida soberana grega.

Este ex-ministro de Finanças tem advertido aos partidos radicais que têm recebido o apoio majoritário de uma população farta de austeridade que o descumprimento dos compromissos com seus provedores de fundos – UE e FMI- culminaria na saída da Grécia do euro.

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“As possibilidades de formar um governo são maiores que as de quarta-feira (quando Tsipras foi incumbido com esta tarefa). Contudo, não se pode concluir nada antes do final de semana”, disse à AFP o analista Georges Sefertzis.

O líder socialista quer uma coalizão com os “partidos pró-europeus”, incluindo a esquerda radical que representa Syriza que é contra a austeridade, para formar um governo “ao menos durante alguns meses para evitar o beco sem saída política e dar tempo as forças políticas que se reposicionem na Europa e na Grécia”, diz Sefertzis.

Apesar de as incertezas políticas na Grécia continuarem agitando os mercados, as principais bolsas europeias encerraram a quinta-feira em alta, lideradas por Madri, que registrou ganho de 3,42% nesta sessão, com IBEX 35 fechando aos 7.045,7 pontos.

A decisão da Comissão Europeia na quarta-feira de entregar à Grécia 4,2 bilhões de euros em créditos contra os 5,2 bi inicialmente previstos, tem sido interpretada como uma advertência lançada por seus sócios à Grécia, que depende destas injeções de capital para evitar a bancarrota.

“A Europa adverte”, diz a manchete do jornal grego Kathimerini, enquanto que o pró-socialista Ta Nea vê neste corte de 1 bilhão de euros uma “dura mensagem aos credores”.

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Por outro lado, o partido neonazista Chryssi Avghi (Amanhecer Dourado), que entrou com força no Parlamento grego após obter 6,9% dos votos e 21 deputados nas legislativas de domingo, denunciou o fechamento de seu site pela empresa WordPress.

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