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FGV: consumidor espera juro e inflação menores

Por Da Redação
26 jul 2011, 19h55

Por Alessandra Saraiva

Rio – O consumidor espera juros mais baixos e inflação mais fraca nos próximos meses, de acordo com a Sondagem das Expectativas do Consumidor de julho, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a economista da FGV Viviane Seda Bittencourt, subiu de 4,5% para 5,8% a parcela dos entrevistados pela sondagem que apostam em juros mais baixos nos próximos meses. Já a projeção de inflação do consumidor para os próximos 12 meses caiu de 7,1% em junho para 6,8% em julho.

Viviane explicou que o consumidor sentiu um arrefecimento da inflação nos meses de junho e de julho e isso afetou projeções em um horizonte mais longo. As avaliações das famílias sobre esses dois fatores ajudaram a compor um cenário favorável para a confiança do consumidor em julho, que atingiu nível recorde. Criado em setembro de 2005, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de julho atingiu patamar de 124,4 pontos, alta de 5,4% em julho, a mais forte desde janeiro de 2006 (5,5%).

Quando indagada se o resultado da sondagem em julho seria um “balde de água fria” para o governo, em sua estratégia de coibir o avanço do consumo para combater à inflação, Viviane foi cautelosa. “A confiança do consumidor aumentou, mas o ímpeto deste aumento ainda é moderado. Por exemplo, as intenções de consumo de bens duráveis em julho estão elevadas, mas não chegaram ao maior nível da série, que ocorreu em novembro do ano passado”, afirmou.

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De acordo com a FGV, o mercado de trabalho aquecido e inflação em menor ritmo conduziram ao patamar recorde da confiança do consumidor. Para a economista da FGV, além de satisfeito com o momento atual, o consumidor acredita em manutenção do ambiente favorável para os próximos meses. Isso se refletiu positivamente em suas impressões sobre orçamento familiar.A avaliação do consumidor sobre suas finanças, segundo a FGV,atingiu em julho o melhor nível da série do ICC, pelo segundo mês consecutivo. A fatia de consumidores que classificam como “boa” a situação financeira familiar atual subiu de 30,4% para 31,8% de junho para julho. A parcela dos que a consideram ruim diminuiu de 10,0% para 9,2% no período.

“Com uma boa avaliação sobre suas finanças, as respostas do consumidor sobre a economia e suas intenções de consumo ficam mais positivas, de uma maneira geral”, comentou Viviane Bittencourt. Para a economista, a sustentabilidade do bom humor do consumidor, no entanto, é incerta. “Há uma expectativa da indústria de uma ligeira desaceleração no nível de atividade. Mas isso ainda não está sendo percebido pelo consumidor”, assinalou. A permanência do saldo positivo na confiança dependerá do nível de atividade no terceiro trimestre, bem comosua influência no mercado de trabalho.

Segundo a economista Viviane Bittencourt, a confiança do consumidor em julho foi puxada pelas famílias de menor poder aquisitivo. O aumento da confiança entre famílias de menor renda, diz ela, ficou acima da média apurada pelo ICC, que abrange quatro faixas de renda. Nas famílias com renda mensal até R$ 2.400, o ICC subiu 7,5% em julho; naquelas com renda entre R$ 2.401 a R$ 4.800, o indicador subiu 9%. O ritmo de crescimento é bem mais fraco nas famílias com maior poder aquisitivo, que tiveram aumentos abaixo da média. Entre famílias com renda de R$ 4.801 a R$ 9.600, o indicador subiu 1% ante junho. Já entre famílias com renda mensal acima de R$ 9.601, houve alta de 2,8%.

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