Fed volta a aumentar os juros nos Estados Unidos
Este é o segundo aumento na taxa no ciclo iniciado em dezembro de 2016; banco central americano vê melhora no mercado de trabalho e inflação controlada
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) voltou a aumentar a taxa de juros nos Estados Unidos, que passam de um intervalo entre 0,50% a 75% ao ano para 0,75% a 1% ao ano. A decisão divulgada na tarde desta quarta-feira é acontece após manutenção da taxa na última reunião, em janeiro, e é o segundo aumento consecutivo no ciclo inciado em dezembro de 2016. A instituição tem sinalizado desde o ano passado a intenção de aumentar a taxa de juros.
O Fed justificou a decisão desta quarta-feira com base no comportamento positivo do mercado de trabalho e da inflação. “Os ganhos de empregos permaneceram sólidos e a taxa de desemprego mudou pouco nos meses recentes. Os gastos das famílias têm crescido moderadamente enquanto os investimentos aparentam ter se estabilizado”, disse o banco central americano em nota.
Diferente do Banco Central brasileiro, cujo Comitê de Política Monetária (Copom) ajusta a taxa de juros para controlar a inflação, o comitê do Fed leva em conta tanto a estabilidade de preços quanto os dados do mercado de trabalho.
O Fed é o banco central americano e tem entre as suas funções estabelecer a taxa básica de juros – como a taxa Selic no Brasil. Juros mais altos pagos nos Estados Unidos tendem a atrair os investimentos que estão em mercados emergentes, como o brasileiro, para lá. Embora o retorno seja maior em investimentos nos emergentes, muitos investidores preferem abrir mão de taxas maiores em troca da segurança de aplicar seus recursos em títulos americanos, considerados virtualmente imunes a calotes.