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Exportações brasileiras recuam 6,6% no primeiro trimestre, aponta OCDE

Segundo o levantamento da organização, Brasil foi o país que registrou a maior queda

Por Da Redação
27 Maio 2014, 12h59

Apesar dos esforços do governo em tentar incentivar as exportações, o comércio exterior brasileiro recuou. Levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que compara o comércio exterior das sete maiores economias desenvolvidas do mundo (G7) e dos cinco maiores emergentes (BRICS) mostra que o Brasil foi o país onde as exportações mais caíram entre o primeiro trimestre de 2013 e igual período de 2014. Em um ano, os embarques de produtos brasileiros recuaram 6,6%.

Estudo trimestral divulgado nesta terça-feira mostra que as exportações brasileiras alcançaram 82,7 bilhões de dólares nos três primeiros meses de 2014, segundo o estudo que compara valores correntes e tem ajuste sazonal. A contração registrada no Brasil foi a mais acentuada entre todos os 12 países incluídos no estudo: Alemanha, Canadá, França, Estados Unidos, Itália, Japão e Reino Unido (que formam o G7) e Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS). O segundo país com maior queda foi a África do Sul, onde os embarques caíram 5,6%.

O estudo mostra que todos os BRICS amargaram contração das exportações. Além da queda citada entre brasileiros e sul-africanos, os embarques recuaram 4,9% na Índia, 3,4% na China e 1,7% na Rússia no decorrer de um ano. No G7, ao contrário, o comércio exterior reagiu e o aumento das exportações prevaleceu. Liderado pelo aumento de 6,4% dos embarques na Alemanha, o grupo viu avanço: alta de 5% na Itália, 2,3% nos EUA, 2,2% na França e 1,6% no Reino Unido. Entre os ricos, só Canadá e Japão tiveram queda das exportações de 3,1% e 3,5%, respectivamente.

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Câmbio – A queda das exportações brasileiras reforça a análise dos economistas de que só o câmbio não é suficiente para reativar as exportações. Ao longo dos últimos trimestres, um dos temas mais recorrentes no discurso da equipe econômica foram as exportações. Membros do governo defenderam fortemente que o real desvalorizado aumentaria a competitividade e ajudaria produtos brasileiros no exterior.

Desde o início de 2013, a tendência defendida pelo governo se concretizou e o dólar nunca mais voltou a custar menos de 2 reais. Segundo dados do Banco Central, o dólar médio do primeiro trimestre de 2013 ficou em 1,9957 reais. Desde então, as cotações sempre permaneceram acima de 2 reais. Nos três primeiros meses de 2014 – em pleno auge da tensão causada pelo processo de normalização gradual da política monetária dos EUA, a cotação média alcançou 2,3640 reais. O valor representa alta de 18,5% ou 36 centavos. Mesmo assim, as exportações não reagiram positivamente.

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Trimestre – O levantamento da OCDE mostra ainda outro dado que pode ser preocupante para o Brasil. Na comparação dos últimos três meses de 2013 com o primeiro trimestre deste ano, a China registrou o pior desempenho entre o G7 e BRICS: queda de 7,3% nas exportações. O país asiático é um grande destino dos produtos brasileiros e a desaceleração da economia chinesa pode prejudicar a atividade econômica doméstica.

Na comparação trimestral, as exportações dos demais emergentes também caíram e tiveram contração de 2,9% no Brasil, 4,3% na África do Sul, 3% na Índia e 2,8% na Rússia. A desaceleração também atingiu os países ricos. Nessa mesma base de comparação, as exportações caíram 4,3% no Reino Unido, 3,5% no Japão (outro país que tem tentado alavancar exportações com câmbio), 2,9% no Canadá, 1,3% nos Estados Unidos e cederam 0,1% na França. Os embarques aumentaram apenas na Alemanha (2,1%) e Itália (1,5%).

(com Estadão Conteúdo)

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