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Europa e FMI se armam para impedir contágio da crise

Fundo cria nova linha de crédito e líderes europeus se reúnem para tentar acalmar mercados

Por Da Redação
22 nov 2011, 14h24

O Fundo Monetário Internacional (FMI) ampliou suas ferramentas de crédito e criou uma nova linha de seis meses nesta terça-feira, em uma tentativa de ajudar países em risco na crise da zona do euro. Segundo o FMI, a Linha Preventiva e de Liquidez (PLL, na sigla em inglês) vai agir como “um seguro contra choques futuros e como uma janela de liquidez de curto prazo para atender às necessidades dos que estiverem em crise”.

A nova PLL dará aos países com políticas econômicas relativamente boas acesso a crédito de seis meses, segundo o FMI. Ela também pode ser usada dentro de acordos de 12 a 24 meses. O Fundo também adotou um novo Instrumento Rápido de Financiamento (RFI,na sigla em inglês) para países com necessidades urgentes no balanço de pagamentos oriundas de choques exógenos, como desastres naturais. “As novas ferramentas nos permitirão responder mais rapidamente e efetivamente (os problemas que surgirem)”, disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em comunicado.

O anúncio do FMI chega em um momento delicado em que o risco de contágio das economias europeias aumenta incessantemente. Nesta terça-feira, o prêmio de risco sobre o títulos da dívida da Espanha voltou a subir após a emissão de 3 bilhões de euros em papéis de curto prazo, feita pelo governo espanhol. Em comparação com a última emissão efetuada no dia 25 de outubro, os juros dos títulos das Letras do Tesouro com vencimento para três meses foi duplicado e passou de 2,292% para 5,110%.

Além do temor que paira sobre a economia espanhola, os líderes europeus também temem o contágio da França, após as ameaças de rebaixamento da nota de classificação da país pela agência Moody’s. A perda do triplo A pode se resultar em um aumento do custo de financiamento da segunda economia do euro.

Grécia – Nesse clima de tensão, os novos primeiros-ministros Lucas Papademos (Grécia) e Mario Monti (Itália) se reuniram com líderes europeus nesta terça-feira para reiterar os detalhes das reformas que aplicarão em seus respectivos países. A Grécia foi requisitada a se comprometer por escrito a aplicar as medidas de austeridade e as reformas exigidas pela UE até novembro, antes de receber o empréstimo de 8 bilhões de euros. Papademos não conseguiu apresentar esse compromisso escrito na segunda-feira quando se reuniu com Manuel Barroso e Herman Van Rompuy, mas prometeu que o seu governo de coalizão fará o que foi pedido.

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O cenário cada vez mais incerto faz com que a pressão em cima da atuação do Banco Central Europeu (BCE) cresça. Estados Unidos, Inglaterra e França já pediram publicamente que a autoridade monetária interceda por meio da compra de títulos da dívida de países em crise, mas a Alemanha continua se opondo a essa atitude. Segundo o ex-presidente do banco francês Crédit Lyonnais e atual presidente do banco de negócios Leonardo, Jean Peyrelevade, se o BCE não intensificar sua atuação no mercado da dívida pública, haverá “uma crise como a de 1929”.

Bolsas – As tensões na economia mundial também afetaram as bolsas europeias nesta terça, fazendo com que os principais índices fechassem em queda. Em Frankfurt, o índice DAX 30 perdeu 1,22%, fechando aos 5.537,39 pontos. Boa parte da queda foi puxada pelos papeis do Commerzbank, que recuaram 15,13%, caindo a seu nível mais baixo na história, devido a temores de que o banco necessite de mais capital do que esperado inicialmente.

O índice Footsie 100 da Bolsa de Londres caiu 0,30% com relação ao fechamento de segunda-feira, aos 5.206,82 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 0,84%, aos 2.870,68 pontos. O índice IBEX 35, de Madri, caiu 1,45% e perdeu o patamar simbólico dos 8.000 pontos, a 7.904,9 unidades.

(Com Agência France-Presse e Reuters)

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