Os Estados Unidos expressaram sua preocupação nesta terça-feira com a exposição indireta de seus bancos à crise da dívida pública na Europa por seus vínculos com bancos alemães, britânicos e franceses, segundo um relatório publicado pelos reguladores financeiros.
“Apesar de os vínculos diretos das instituições financeiras americanas com os devedores da periferia da zona do euro estarem relativamente limitados, sua exposição aos bancos europeus de Reino Unido, Alemanha e França são muito mais importantes”, indicou o conselho de vigilância de estabilidade financeira em seu primeiro relatório anual.
“E esses bancos europeus são os principais credores internacionais dos devedores na periferia europeia”, completou o conselho.
Essa entidade foi criada mediante a lei de reforma da regulação financeira (‘Dodd-Frank’) em julho de 2010. Reúne 14 autoridades reguladoras dos bancos, dos mercados de capitais e de seguros americanos, que devem controlar as maiores instituições do país e os chamados riscos “sistêmicos”.
Em seu primeiro informe anual, o Conselho enumera as ameaças à estabilidade do sistema financeiro americano. A crise da dívida na Europa é um dos três principais riscos, assim como o mercado imobiliário americano e a aceleração súbita – para cima ou para baixo – dos mercados, como ocorreu em Wall Street em 6 de maio de 2010.