Madri, 2 ago (EFE).- O Tesouro Público da Espanha captou nesta quinta-feira 3,132 bilhões de euros em diferentes emissões de dívida, mas teve de subir os juros dos títulos a dez anos para 6,706%, o nível mais alto desde novembro.
No entanto, este juros é inferior em três décimos a 7,09% que teve que pagar em novembro de 2011.
Dos 3,132 bilhões de euros, 1,062 bilhão foram bônus a dois anos com uma rentabilidade de 4,848%, outros 1,024 bilhão a quatro anos a 6,059% (acima dos 5,621% anterior), e o 1,045 bilhão de euros restantes em obrigações a dez anos com taxa marginal dos citados 6,706%.
A proporção entre a demanda e o investimento finalmente conseguido foi muito elevada, já que as entidades pediram 8,197 bilhões de euros, 2,7 vezes mais do que o colocado.
A emissão aconteceu horas antes de o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, explicar na entrevista coletiva posterior ao conselho de Governo do organismo que medidas deve adotar em apoio à moeda única e da dívida soberana de países como Espanha e Itália, que cada vez tem mais dificuldades para se financiar com juros razoáveis.
Os investidores e analistas mantêm a cautela perante a postura do BCE, sobretudo depois que na quarta-feira o Federal Reserve (Fed, banco central americano) evitou adotar medidas concretas para estimular o crescimento.
No mercado secundário de dívida, a taxa de risco da Espanha, que mede o diferencial entre o bônus espanhol a dez anos e o alemão do mesmo prazo, caiu ligeiramente após a emissão. EFE