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É preciso mudar forma de contratar, diz CEO que denunciou racismo

Executivo usou LinkedIn para denunciar caso de racismo sofrido por amigo negro em entrevista de emprego

Por Fabiana Futema Atualizado em 30 mar 2017, 22h09 - Publicado em 30 mar 2017, 16h00

Aos 62 anos, o presidente da Bayer do Brasil, Theo van der Loo, não esperava virar defensor da inclusão de negros no mercado de trabalho. Mas sua postagem no LinkedIn chamou atenção para o racismo no processo de seleção de funcionários de grandes corporações.

“A repercussão me assustou. Não queria estar nos jornais, não era essa minha intenção”, disse ele a VEJA sobre a postagem, que teve mais de 300 mil visualizações.

No post, ele conta que um conhecido seu, que é negro, “com uma excelente formação e currículo, foi fazer uma entrevista”. “Quando o entrevistador viu sua origem étnica disse à pessoa de RH que ele não sabia deste detalhe e que não entrevistava negros”, escreveu.

Van der Loo diz que nada vai mudar nas corporações se elas continuarem contratando como sempre contrataram. A mudança, na opinião dele, deve começar pelos gestores, pelos responsáveis pela contratação.

“Cabe aos próprios gestores terem consciência e exigirem que o RH apresente candidatos da diversidade”, afirmou.

Segundo ele, é preciso que os gestores questionem quando não houver nenhum afrodescendente entre os candidatos ao preenchimento das vagas das empresas. “O gestor tem o direito de comparar diversos perfis.”

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O executivo conta que recebeu diversos relatos de outras pessoas dizendo que também foram vítimas de preconceito e racismo. “Com a mulher negra é ainda pior. Descendentes de índios que vieram para São Paulo também se sentem discriminados.”

Van der Loo afirma que as pessoas têm a falsa impressão de que não existe racismo porque vivem em seus próprios círculos sociais. “O problema não é só do negro. É um problema do negro, do branco, de toda a sociedade.”

O colega que sofreu racismo está desempregado há sete meses. O executivo diz entender por que ele não quis denunciar o racismo. “Se não tiver como provar, fica palavra contra palavra. É difícil provar.”

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A Bayer tem um comitê de diversidade que estimula a contratação de mulheres, deficientes e grupos LGBT e étnicos – que inclui negros e indígenas.

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