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Dólar tem uma das maiores quedas do real – e baixa deve continuar

Para especialistas, desvalorização da moeda americana é influenciada pelo regime de regularização e pela atratividade do país em relação a outros emergentes

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 out 2016, 19h24 - Publicado em 24 out 2016, 18h01

Além da melhora do ambiente interno e do cenário internacional favorável aos países emergentes, o dinheiro decorrente do programa de repatriação de recursos deve ter contribuído para a forte queda do dólar neste ano – e que pode ser ainda maior até dezembro. A moeda americana recuou mais de 19% de janeiro a 21 de outubro, o segundo maior recuo desde o início do Plano Real, segundo levantamento da Economatica. Nesse período, o dólar caiu de 3,90 reais a 3,15 reais.

A desvalorização acumulada em 2016 só é superada pela de 2009, ano seguinte à quebra do banco americano Lehman Brothers, o que desencadeou uma crise econômica global. Nesta segunda-feira, a moeda americana recuou 1,26%, a 3,12 reais, seu menor valor desde julho de 2015.

Segundo dados da Receita Federal, o volume de recursos declarados no exterior até o dia 19 deste mês era de 61,3 bilhões de reais. A ideia do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária é permitir que dinheiro, bens ou direitos mantidos no exterior e que não estivessem regularizados sejam trazidos para o país, pagando-se uma multa, mas sem demais penalidades.

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Para o analista da consultoria GO Associados, Luiz Fernando Castelli, a entrada de recursos provenientes do exterior, que pressiona o dólar para baixo, deve aumentar. “A repatriação tem aumentado o fluxo. Isso deve continuar pressionando até o fim do prazo”, avalia. O limite para aderir ao programa é o dia 31 de outubro, mas a Receita prorrogou o prazo de uma das etapas no procedimento para 31 de dezembro.

Cenário interno e externo

Outro fator apontado por analistas é que as reformas feitas pela equipe econômica, como a proposição de um limite anual de gasto público e a recuperação de estatais como a Petrobras, deixou o país mais atrativo ao investidor. Para o estrategista-chefe da corretora XP, Celson Plácido, houve uma mudança positiva nas expectativas em relação ao país. “Não está um ‘céu de brigadeiro’ para o investidor, mas está melhor que outros emergentes”, compara.

Os juros muito baixos em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Japão, Inglaterra, faz com que o Brasil receba mais recursos. Para o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, o cenário de queda do dólar deve ser visto com cautela, já que é provável que o Federal Reserve (o banco central americano), que há tempos vem dando indicações  de que vai elevar sua taxa, o faça em breve. “Não tem como chegar no fim do ano sem aumentar 0,25 ponto percentual”, diz.

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