Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dólar tem dia volátil, ação do BC e acaba em alta de 1%

Por Da Redação
18 Maio 2012, 17h48

Por Cristina Canas

São Paulo – O Banco Central resolveu intervir no mercado nesta sexta-feira, dia em que, pela primeira vez desde o início da escalada mais recente do dólar, a taxa oficial de câmbio – chamada de Ptax – foi estabelecida acima de R$ 2,00.

Calculada no início da tarde pela média simples de quatro coletas junto às mesas de operações durante a manhã, a Ptax ficou em R$ 2,0095, com alta de 0,61%. É a primeira vez que o câmbio oficial fica acima de R$ 2,00 desde 10 de julho de 2009, quando a taxa foi de R$ 2,0147.

A atuação do Banco Central aconteceu perto do horário habitual de encerramento dos negócios. Naquele momento, o dólar à vista estava ao redor da máxima do dia, que foi de R$ 2,057. Como a operação equivale a uma venda de dólares, a taxa cedeu. Ao final do pregão, o dólar à vista estava em R$ 2,020 (+1,05%) no balcão e na BM&F (+1,14%). Pouco depois das17 horas, o dólar junho valia R$ 2,020 (+0,20%).

No leilão, o BC vendeu integralmente o lote ofertado, de 13 mil contratos de swap cambial tradicional. A venda corresponde a US$ 654,3 milhões e anula o vencimento de swaps cambiais reversos do próximo dia 1º de junho, segundo operadores.

Continua após a publicidade

De acordo com o BC, os papéis foram vendidos com taxa nominal negativa de 22,1492 e linear também negativa de 21,271, o que demonstra a forte demanda pelos contratos. A taxa de corte ficou em 70%.

Segundo operadores, a ação do BC aconteceu frente à forte volatilidade que as cotações demonstraram no pregão desta sexta. Entre a mínima de R$ 1,996 e a máxima de R$ 2,057 no mercado à vista de balcão, o dólar variou 3,06%. O dólar junho oscilou entre R$ 1,9985 e R$ 2,0635, o que representa 3,25%. “O BC atuou para dar liquidez a quem precisava e para evitar que essa variação brusca se repita”, disse um experiente profissional de câmbio.

A percepção desse operador e de outros profissionais ouvidos pela Agência Estado é que a Ptax acima e R$ 2,00 detonou a liquidação de operações estruturadas envolvendo derivativos de dólar, o que potencializou a pressão de alta do dólar e a volatilidade. Por trás disso, o mercado encontrou fôlego para puxar o dólar, mais uma vez, no cenário internacional. As preocupações com a Europa continuam aumentando. Ao longo do dia, foram realimentadas por mais uma onda rebaixamento de bancos pelas agências de classificação de risco. À tarde, também houve rumores de que a Grécia poderia fazer um referendo sobre o euro.

O mercado reagiu mal, ainda, à demora para o início de negociações com ações do Facebook. A ansiedade dos investidores era grande e, diante de um atraso de 30 minutos, as bolsas internacionais passaram a operar no negativo, afetando a Bovespa e ajudando a levar o dólar para cima, no início da tarde. Essa influência, porém, foi pontual.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.