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Dólar avança 0,58% com petróleo em queda e inflação em alta

Membros da Opep ainda se mostram distantes de acordo pelo congelamento da produção de petróleo, o que puxou altas do dólar em todo o mundo; moeda fechou a 3,96 reais

Por Da Redação
23 fev 2016, 18h24

Em uma sessão com volume limitado de negócios, o dólar fechou em alta de 0,58% nesta terça-feira, cotado a R$ 3,96 no mercado à vista. O cenário internacional desfavorável, com petróleo em queda e maior aversão ao risco, levou a moeda americana a avançar em comparação com a maioria das divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil.

Os preços do petróleo passaram a cair logo cedo, com declarações de países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, disse que “não faz sentido gastar tempo buscando cortes na produção, porque isso não vai acontecer”. Já o Irã considerou “uma piada” o plano apresentado pela Rússia e pela Arábia Saudita para congelar a produção da commodity nos níveis de janeiro.

À tarde, al-Naimi disse que seu país continuava a trabalhar com outros produtores por um acordo para congelar a produção e previu um aumento na demanda. “O mercado vai se reequilibrar e a demanda vai aumentar”, afirmou. Com os preços do petróleo em queda, predominou a busca por ativos seguros, o que valorizou o dólar.

No cenário doméstico, uma das principais notícias para o mercado de câmbio foi a divulgação dos números das transações correntes em 2016, que mostraram déficit de 4,81 bilhões de dólares em janeiro. O resultado ficou melhor do que a mediana das estimativas coletadas pelo AE Projeções para o resultado, negativa em 5,95 bilhões de dólares. O resultado deficitário é o menor para o mês desde 2010, tornando-se, portanto, o menor da atual série histórica.

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Apesar de não terem exercido influência direta sobre as cotações, os números melhores divulgados pelo Banco Central foram bem recebidos nas mesas. Alguns analistas avaliam, inclusive, que a redução do déficit pode ser fator limitador de novas altas do dólar, com menor chance de a divisa alcançar os 4,50 reais, por exemplo.

Por outro lado, a inflação acima do esperado em fevereiro foi fator de cautela entre os investidores, o que deu um pouco de força às cotações no início do dia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 1,42% em fevereiro, acima de 0,92% de janeiro e de 1,33% registrado em fevereiro de 2015.

O dólar chegou a cair apenas pontualmente no início do dia, na mínima de R$ 3,93 (-0,08%), quando o petróleo tentava sustentar alguns ganhos no exterior. Depois, escalou patamares mais elevados, puxado pelo recuo da commodity. No pico da sessão, às 13h03, a moeda atingiu R$ 3,97 (+0,95%).

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