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Diretor da Petrobras é advertido por erro de conduta ética

Diretor de governança contratou, sem licitação, consultoria que contratou sua filha logo em seguida

Por Da redação
Atualizado em 24 ago 2017, 12h05 - Publicado em 23 ago 2017, 18h01

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu aplicar advertência ética ao diretor de governança, risco e conformidade da Petrobras, João Adalberto Elek Júnior, por violação da lei de conflito de interesses. A punição foi dada porque Elek contratou, sem licitação, a Deloitte para realizar auditoria e consultoria empresarial para a Petrobras.

A contratação foi feita no final de 2015, pelo valor de 25 milhões de reais. Na época, a filha do diretor passava por um processo de seleção na Deloitte, sendo mais tarde contratada pela consultoria.

“Houve uma conduta errada e violadora da lei”, disse o presidente da Comissão, Mauro Menezes, após explicar que não houve recomendação para que ele deixasse o cargo porque a comissão só faz avaliação ética e não administrativa do caso.

Segundo ele, não há implicação objetiva que o impeça o diretor de continuar no cargo. “Mas estamos falando de um diretor de compliance da maior empresa brasileira”, observou Mauro Menezes ao classificar a atitude do executivo como “erro grave” de conduta ética. “Consideramos a conduta violadora da norma ética”, assegurou ele.

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O presidente ressalvou que a comissão “não tem competência para julgar se é bom ou ruim sob ponto de vista administrativo mas, do ponto de vista ético, pode deliberar se a conduta da autoridade é certa ou errada e, neste caso, foi considerado que é uma conduta errada, violadora da lei”.

O presidente da Comissão ligou para o presidente da Petrobras, Pedro Parente, para lhe informar da decisão do colegiado, que recebeu apenas um voto contrário. “Deve haver a prevenção do conflito de interesse e mais que a autoridade incorre em conflito de interesse quando toma decisões que beneficiem pessoas jurídicas da qual participem parentes ou consanguíneos ou alguém de sua família que seja próximo”, ressaltou Mauro Menezes.

Procurada pela reportagem, a Petrobras ainda não se manifestou sobre a advertência. A Deloitte também não comentou o assunto.

(Com Estadão Conteúdo)

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