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Destruição do emprego no país é a maior dos últimos 25 anos

Estudo de pesquisadores da Fundação Getulio Vargas uniformizou os dados do IBGE até 1992; a divulgação feita pela instituição atualmente vai até 2012

Por Da redação
9 jun 2017, 14h42

A taxa de desemprego registrada em março deste ano (13,7%) foi a maior desde 1992, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento indica também que a deterioração do mercado de trabalho foi mais aguda que em outras crises, embora a perda de renda tenha sido menor.

A comparação entre os períodos se baseia nos dados de desemprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora o instituto pesquise há décadas a situação dos trabalhadores no país, não há oficialmente uma série de dados comparáveis. As informações divulgadas atualmente são baseadas na pesquisa chamada Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que vai somente até 2012.

Para poder comparar períodos maiores, os pesquisadores Bruno Ottoni e Tiago Barreira, do Ibre/FGV, juntaram a pesquisa atual – publicada mensalmente e que analisa trimestres – com a extitnta Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) – feita uma vez por ano. Um terceiro levantamento também já descontinuado, a Pesquisa Mensal de Emprego, foi usado para “calibrar” os resultados.

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Embora o objetivo do trabalho tenha sido o de uniformizar os dados, para que possam ser feitas análises mais longas, os pesquisadores puderam observar que o pico de desemprego da crise atual, alcançado em em março, superou o de outros momentos recentes de dificuldades na economia, como entre 1998 e 2000 (10,9%), 2002 e 2004 (10,8%) e 2009 (9,7%).

Outra diferença do momento atual é a queda no nível dos salários foi menor em comparação com a queda do emprego que em outras crises. Segundo Bruno Ottoni, uma hipótese para esse comportamento é a maior formalização no mercado de trabalho, que cresceu nos anos 2000.

Dessa forma, os empregadores não têm como fazer ajustes nos salários em momento de dificuldade, como faziam quando havia maior informalização. E a única saída é a demissão, criando duas situações bem distintas. “O trabalhador que permaneceu ficou praticamente imune à crise. Já quem foi demitido ficou na pior situação, sem renda. Antes, existia um grupo intermediário, em que a pessoa continuava com renda, mas menor”, explica.

Outra forma de reajuste nas contas das empresas anteriormente era em razão da alta inflação. “Os custos da empresa ficavam menores, porque o empresário reajustava os preços dos produtos, numa ponta, e não ajustava tanto os salários, na outra”, diz Ottoni.

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