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CVM suspende oferta de ações da Azul por divulgação irregular

A CVM, agência que regula o mercado, interrompeu o IPO da empresa por material publicado na internet e projeções divulgadas na imprensa

Por Da redação
6 abr 2017, 17h54

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu nesta quinta-feira a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da companhia aérea Azul por até 30 dias, após constatar que materiais de apresentação da operação foram divulgados na internet, o que é proibido.

A apresentação veiculada no website www.retailroadshow.com mostra o fundador e presidente do conselho de administração da Azul, David Neeleman, e o diretor financeiro da companhia, John Rodgerson, falando sobre números da companhia aérea e acompanhados por slides com gráficos da empresa.

No vídeo, de acesso público, há menção a projeções sobre valorização do investimento da Azul em ativos da companhia aérea portuguesa TAP, que não consta do prospecto da oferta, o que também viola regras da CVM para ofertas públicas de ações. O órgão regulador de mercado também viu problemas na divulgação sucessiva de informações sigilosas de projeções de demanda e precificação das ações da oferta em matérias jornalísticas.

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Segundo a CVM, a suspensão pode ser revogada se as irregularidades apontadas no IPO da terceira maior companhia aérea do país forem devidamente corrigidas. O órgão não informou como as falhas poderão ser sanadas. “Caso contrário, o pedido de registro da oferta será indeferido”, afirmou a CVM no comunicado.

Procurada por VEJA, a Azul disse que não iria se manifestar sobre o assunto.

Tentativas

A decisão da CVM pode complicar a quarta tentativa da Azul de se listar em bolsa de valores. A última vez, em junho de 2015, foi abortada, assim como das primeiras vezes, pelo cenário adverso do mercado. Desta vez, a operação poderia movimentar até 1,65 bilhão de reais considerando o teto da faixa indicativa de preço de 19 a 23 reais e o lote inicial de 72 milhões de papéis. Dependendo da demanda, mais ações poderiam ser ofertadas, o que levaria a operação a até 2,23 bilhões de reais.

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Segundo informações do prospecto, a Azul teve prejuízo líquido de 126,3 milhões de reais em 2016 ante resultado negativo de 1,07 bilhão de reais em 2015. A receita subiu 6,6% no período, a 6,67 bilhões de reais.

A Azul pretendia usar os recursos da oferta de ações para amortizar dívidas e reforçar capital de giro. A empresa terminou 2016 com 1,79 bilhões de reais em disponibilidade de caixa e dívida de 4 bilhões de reais.

(Com Reuters)

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