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CVM abre processos para investigar JBS após delações

Segundo a empresa, "as movimentações realizadas nos últimos dias seguem alinhadas à sua política de gestão de riscos"

Por Da redação
Atualizado em 19 Maio 2017, 16h49 - Publicado em 19 Maio 2017, 16h44

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu ao menos dois processos para investigar o frigorífico JBS após as delações feitas pelos donos da companhia, Joesley e Wesley Batista. As investigações foram abertas depois de surgirem rumores no mercado de que o conglomerado teria se beneficiado financeiramente das delações,  já que sabia que o conteúdo delas causaria impacto no mercado financeiro.

Segundo informações do órgão fiscalizador dos mercados de capitais do país, os dois processos abertos nesta semana foram iniciados na quarta e na quinta-feiras, após informações publicadas pela imprensa sobre operações nos mercados de câmbio e de ações que teriam sido feitas por executivos da JBS.

De acordo com os rumores do mercado, a JBS teria comprado uma enorme quantia de dólares antes da moeda se valorizar após as delações. A valorização teria sido suficiente para cobrir o valor da multa imposta à empresa pelo envolvimento no esquema de corrupção. A CVM teria sido notificada que o montante comprado na véspera da notícia da delação seria superior a 1 bilhão de reais, segundo informações do jornal Valor Econômico.

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A agência de notícias Reuters também publicou que o grupo de controle da JBS vendeu 329 milhões de reais em ações da companhia em abril, operação que foi acompanhada pela compra de 200 milhões de reais em ações da empresa pela tesouraria da própria JBS no mês passado, segundo documentos enviados ao mercado.

Em comunicado publicado no site, a CVM informa que “está acompanhando as recentes notícias veiculadas pela imprensa e monitorando o funcionamento ordenado dos mercados de valores mobiliários”.

Outro lado

Em nota, a JBS informa que “gerencia de forma minuciosa e diária a sua exposição cambial e de commodities”. “A JBS tem como politica e prática a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os seus riscos cambiais e de commodities provenientes de sua dívida, recebíveis em dólar e de suas operações.”

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Segundo a empresa, “as movimentações realizadas nos últimos dias seguem alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção financeira”.

A JBS ainda dá um exemplo do impacto de oscilações na cotação do dólar em seus negócios. “Ao considerar a variação cambial na cotação do dólar de 3,16 reais para 3,40 reais, como a ocorrida entre 31 de março (fechamento do primeiro trimestre) e 18 de maio, a companhia sofreria um prejuízo superior a R$ 1 bilhão.”

Em relação às operações com ações, a companhia informou que não se manifestaria sobre o assunto no momento.

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(Com Reuters)

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