Por Ricardo Criez, Roberto Carlos dos Santos e Carlos Mercuri
Tóquio – As Bolsas da Ásia caíram em meio à turbulência política na Grécia e sinais de instabilidade crescente nos bancos espanhóis, com investidores acrescentando os últimos dados econômicos fracos dos Estados Unidos à lista de fatores de risco. Não houve negociações na Bolsa de Jacarta, na Indonésia, devido a um feriado local.
A Bolsa de Hong Kong fechou em baixa com preocupações sobre os bancos da Espanha e os fracos dados da atividade industrial dos EUA, mas a procura por papéis em oferta limitou parte das perdas. O índice Hang Seng caiu 1,3% e fechou aos 18.951,85 pontos. A varejista de moda Esprit Holdings recuou 4,1% por estar bastante exposta à Europa. HSBC perdeu 3,1% e o conglomerado Hutchison Whampoa cedeu 2,4%. Empresas de energia solar tiveram fortes baixas com a informação de que os EUA vão impor tarifas antidumping de quase 31%. GCL-Poly recuou 7,8%, Comedic Solar, 2,1%, e Troy Solar, 1,8%.
As Bolsas da China fecharam em queda. As preocupações em relação à crise da dívida da zona do euro e o enfraquecimento da economia doméstica continuaram a preocupar o mercado. O índice Xangai Composto recuou 1,4% e terminou aos 2.344,52 pontos – na semana, o índice acumulou queda de 2,1%. O índice Shenzhen Composto perdeu 1,5% e finalizou aos 940,91 pontos. Entre as grandes imobiliárias, China Vanke caiu 1,2%, mesmo porcentual de baixa de Poly Real Estate. No setor financeiro, Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) deslizou 1,9% e China Construction Bank baixou 0,7%.
O yuan caiu ante o dólar, com os investidores preferindo o porto seguro da divisa americana ao euro e às moedas sensíveis ao risco dos mercados emergentes. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,3284 yuans, de 6,3252 yuans ontem. A taxa de paridade central dólar-yuan foi fixada em 6,3209 yuans, de 6,3233 yuans na véspera.
A Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou na maior baixa em quatro meses, diante das preocupações com a saúde financeira da Europa e as condições econômicas dos EUA. O índice Taiwan Weighted recuou 2,79% e finalizou aos 7.151,19 pontos. Entre as empresas de tecnologia, TSMC caiu 3,9% e HTC retrocedeu 3,3%, na maior perda em dois anos. No setor financeiro, Fubon perdeu 2,7%.
Na Coreia do Sul, a Bolsa de Seul encerrou o dia no vermelho. O índice Kospi perdeu 3,40% e fechou aos 1.872,46 pontos, no pior fechamento em cinco meses – desde 19 de dezembro. Os investidores estrangeiros estenderam as vendas pela 13ª sessão consecutiva, em meio ao crescimento das preocupações sobre o futuro da zona do euro. As perdas foram particularmente pesadas nos setores bancário, tecnológico e automotivo. Samsung Electronics tombou 4,7% e Hyundai Motor cedeu 4,8%. Woori Finance Holdings deslizou 6,2%.
A Bolsa de Sydney, na Austrália também fechou em forte baixa, com grande movimento de vendas por causa da escalada do risco global. O índice S&P/ASX 200 recuou 2,67% e encerrou aos 4.046,46 pontos, o menor nível em sete meses. Na semana, a perda foi de 5,6%, a maior em oito meses. BHP Billiton, Rio Tinto e Fortescue recuaram entre 4% e 5,1%.
Já a Bolsa de Manila, nas Filipinas, também sentiu os temores da crise da dívida da Europa. O índice PSE caiu 2,7% e terminou aos 4.879,42 pontos, com moderado volume de negociações. Entre as blue chips que lideraram o declínio, Metropolitan Bank & Trust recuou 2,5%.
A Bolsa de Cingapura teve a maior baixa em quatro meses em forte movimento de vendas após os rebaixamentos de ratings da Grécia, pela Fitch Ratings, e de bancos espanhóis, pelo Moody’s. O índice Straits Times retraiu 1,5% e terminou aos 2.779,10 pontos. O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, cedia 1,90% e estava aos 1.151,28 pontos às 6h55.
O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,8% e encerrou aos 1.532,46 pontos, com os investidores mais avessos ao risco em meio à deterioração das condições dos mercados ocidentais. As informações são da Dow Jones.