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Credores divergem sobre acordo para resgatar a Grécia

FMI opõe-se às fórmulas em negociação em Bruxelas que reduziriam a dívida grega para algo em torno de 123% a 125% do PIB até 2020

Por Da Redação
20 fev 2012, 16h49

Para o Fundo, um patamar acima de 120% de endividamento grego sobre o PIB até 2020 é insustentável

Os credores internacionais da Grécia divergem em relação a pontos específicos de um novo resgate financeiro, principalmente em relação a como cobrir as necessidades futuras de financiamento do país, afirmaram nesta segunda-feira fontes ligadas às negociações em andamento em Bruxelas. Os ministros de Finanças da zona do euro estão reunidos na capital belga para acertar os detalhes de mais um pacote de empréstimos a Atenas, enquanto representantes do governo grego participam de um encontro com Charles Dallara, diretor-gerente do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, em inglês), para falar sobre a operação de troca de dívida. Havia expectativa de uma definição para esta segunda-feira, mas as tratativas evoluem muito lentamente e fontes já falam de adiamento da decisão.

Enquanto parte da zona do euro mostra-se disposta a aceitar uma fórmula por meio da qual a relação dívida/PIB da Grécia seja reduzida a algo entre 123% e 125% até 2020, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considera insustentável qualquer endividamento além do equivalente a 120% do PIB grego. A posição atual do FMI inviabilizaria, segundo as fontes, o envolvimento da entidade em um novo resgate financeiro ao país.

De acordo com o rascunho de uma análise de sustentabilidade da dívida realizada pelo FMI, o pacote atual reduziria a relação dívida/PIB da Grécia a 129% até 2020, contra uma projeção de 120% apresentada em outubro do ano passado. A relação dívida/PIB em 120% é vista como sustentável pelo Fundo. A entidade concluiu que, para atingir esse nível, a Grécia precisará ou de mais dinheiro ou de um perdão maior de sua dívida.

“Os números ainda estão sendo debatidos, mas há pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) e outros BCs da região para que contribuam de forma a fazer com que essa quantidade extra (de financiamento) seja reduzida ou até mesmo zerada”, disse uma das fontes. “Mas nem o FMI nem os demais governos da zona do euro mostram-se dispostos a colocar nada além do que já foi prometido”.

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Recentemente, o ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse que o trio de credores formado por Comissão Europeia, FMI e BCE – a chamada troika – havia detectado que o pacote de 130 bilhões de euros acertado em outubro do ano passado ficaria 15 bilhões de euros aquém do necessário para garantir a solvência do país. Aparentemente, essa diferença teria sido reduzida nas últimas semanas, mas é improvável que seja totalmente coberta sem alguma espécie de concessão por parte do BCE e dos 17 BCs nacionais que integram o Eurosystem.

Negociação da dívida – O governo da Grécia também está negociando um aumento na participação do setor privado no plano que prevê a troca dos atuais títulos da dívida do país por papéis novos, os quais terão valor nominal menor e maior duração, afirmou uma fonte do Ministério de Finanças grego, sem oferecer mais detalhes.

(com Agência Estado)

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