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Coty aumenta proposta pela Avon com bênção de Buffett

Por Da Redação
10 Maio 2012, 18h24

Por Phil Wahba e Jessica Wohl

10 Mai (Reuters) – A fabricante de cosméticos Coty aumentou a oferta para comprar a Avon, com o financiamento da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e deu prazo até segunda-feira para a companhia de produtos de beleza começar a negociar.

A Coty, produtora da loção pós-barba Stetson e das fragrâncias de Beyoncé, aumentou a oferta em 1,50 dólar, para 24,75 dólares por ação, ou 10,65 bilhões de dólares, de acordo com uma carta que a Avon divulgou nesta quinta-feira.

Em abril, a Coty havia oferecido 23,25 dólares por ação pela Avon, cuja receita supera em duas vezes a sua própria.

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A Avon, conhecida por seus célebres comerciais dos anos 50 e 60, rejeitou a oferta em abril, como havia feito com uma proposta anterior, alegando que a chegada de um novo presidente-executivo seria mais vantajosa do que a venda, em termos de valor.

Desta vez, a Avon disse que vai analisar a última oferta “no momento oportuno”.

“Não acho que eles aceitarão a oferta. Eles sabem que o preço ofertado é muito baixo”, disse o analista Michael Bigger, fundador da empresa de negócios Bigger Capital, que controla ações da Avon. “Cosméticos são um ótimo negócio. A Avon merece ágio. Se dependesse de mim, eu exigiria o valor de 28 dólares por ações ou mais”.

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A Coty reiterou em sua carta ao conselho da Avon, datada de 9 de maio, que não será hostil.

A Avon, cujo lucro tem despencado e que enfrenta uma acusação de suborno nos Estados Unidos, pode ver sua ação ser derrubada caso a empresa ignore a Coty.

“Ignorando a substiuição do presidente-executivo, a ação da Avon provavelmente cairá a pouco menos de 20 dólares”, escreveu o analista Mark Astrachan, do Stifel Nicolaus, em nota.

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Na carta, o presidente de conselho da Coty, Bart Becht, afirmou que entre as fontes de financiamento estão o acionista majoritário Joh. A. Benckiser, a BDT Capital Partners e alguns sócios e a Berkshire Hathaway. Segundo a Coty, o JPMorgan Securities financiaria a dívida.

“A Coty não pode esperar muito, ela tem que seguir adiante com o próprio negócio”, disse o analista Ali Dibadj, da Sanford C. Bernstein. “O risco é que o prazo é muito curto”, acrescentou.

FINANCIAMENTO MAIS DETALHADO

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Enquanto a Coty disse anteriormente que tinha fortes fontes de financiamento, quinta-feira marcou o dia em que a Berkshire foi mencionada nominalmente pela primeira vez. O BDT Capital Partners, fundado pelo ex-acionista do Goldman Sachs e confidente de longa data de Warren Buffett Byron Trott, e o Joh. A. Benckiser foram citados desde o início.

Tudo indica a contratação de mais financiamento, advindo do principal acionista da Coty. Na quarta-feira, o JAB Holdings BV, que pertence à família Reimann, e que também é o acionista majoritário do Reckitt Benckiser, disse que pretendia vender cerca de 4,9 por cento de sua fatia do grupo de bens de consumo britânico Reckitt para reduzir sua participação total a 10,4 por cento. Um dos motivos fornecidos foi o investimento em novas oportunidades.

A Avon, maior vendedora direta de cosméticos, nomeou no mês passado a ex-executiva do Johnson & Johnson Sheri McCoy como sua presidente-executiva, substituindo Andrea Jung após 12 anos.

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Sheri disse a investidores em seus primeiros pronunciamentos como presidente-executiva na semana passada que sua prioridade é estabilizar os negócios da Avon, aproximando-se de uma revisão completa dos empreendimentos da empresa.

A Coty disse nesta quinta-feira que estava disposta a aumentar ainda mais sua oferta, contanto que receba acesso aos documentos financeiros da Avon e, a partir deles, decida que uma proposta maior é devida.

Essa tarefa demoraria “algumas semanas”, disse Becht na carta.

Na semana passada, a Avon divulgou resultados trimestrais fracos, incluindo uma forte queda em seu lucro. A Avon disse que conduzirá uma revisão meticulosa de seus negócios neste ano, mas a Coty disse que não pode ceder à Avon todo esse tempo.

“Continuamos a acreditar que nossa proposta concederia valor atraente aos acionistas da Avon, relativamente a uma reviravolta de vários anos numa base individual”, disse Becht na carta ao conselho da Avon.

As empresas se reuniram pela primeira vez para discutir o possível acordo em fevereiro, primeiramente explorando a possibilidade de a Avon comprar a Coty. Becht disse no mês passado que quando não houve oferta da Avon, a Coty fez uma proposta verbal, seguida de três cartas em março. A primeira oferta da Coty foi de 22,25 dólar por ação.

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