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Contas do governo têm pior resultado desde 2000 no 1º semestre

Resultado primário ficou negativo em R$ 1,95 bilhão em junho, informou o Tesouro Nacional; no acumulado do ano, superávit é de R$ 17,24 bilhões

Por Da Redação
30 jul 2014, 15h37

O governo central (formado pelas contas do Tesouro, do Banco Central e da Previdência Social) registrou déficit primário de 1,95 bilhão de reais em junho, o pior resultado para junho desde o início da série histórica, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira. Nos seis primeiros meses do ano, a economia feita para o pagamento de juros acumula saldo positivo de 17,24 bilhões de reais, metade do valor visto em igual período do ano passado e também o pior resultado para o período desde o ano 2000.

O resultado fiscal é a diferença entre os gastos e receitas do governo central. Quando as receitas superam as despesas, há o superávit primário, usado para arcar com os juros da dívida. Contudo, esse é o segundo mês consecutivo em que as contas ficam no vermelho. A deterioração das contas públicas tem sido motivo de apreensão tanto no governo quanto para investidores. O resultado de 2014 é, inclusive, pior do que o verificado em 2008 e 2009, anos de crise, em que a arrecadação foi penalizada e o governo teve de financiar políticas anticíclicas para amenizar os efeitos da crise financeira internacional.

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O resultado negativo foi impactado, sobretudo, pelo resultado da Previdência Social, que apresentou, no mês passado, déficit de 4,508 bilhões de reais – alta de 16,2% em relação a maio. O impacto positivo foi o recebimento de 1,48 bilhão de reais em dividendos de estatais, muito acima dos 780 milhões de reais vistos em maio.

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Em junho, as receitas líquidas do governo central somaram 78,46 bilhões de reais, quase 15% a mais frente a maio. No acumulado do semestre, somam 491,2 bilhões de reais, o que representa alta de 6,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as despesas somaram 80,41 bilhões de reais em junho, com alta de 2% em comparação ao mês anterior. Nos seis primeiros meses do ano, elas somam 473,96 bilhões de reais, alta de 10,6% em relação ao ano passado.

O resultado ruim mostra que as contas públicas seguem influenciadas pela economia fraca, o que tem levado o governo a recorrer às receitas extraordinárias para tentar fechar suas contas. Neste ano, a projeção é de que elas somarão 31,6 bilhões de reais. Também têm pesado as fortes desonerações tributárias que, no semestre passado, somaram cerca de 51 bilhões de reais, quase 45% a mais do que em igual período de 2013.

Em 2014, a meta de superávit primário do setor público consolidado (a soma das contas do governo central, Estados, municípios e estatais) é de 99 bilhões de reais, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

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(Com Reuters)

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