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Comércio paulista perde 905 postos de trabalho em maio

O resultado representa um revês após um mês de abril com criação de mais de mil vagas

Por Da redação
18 jul 2017, 13h09

comércio varejista do Estado de São Paulo voltou a registrar saldo negativo na criação de empregos. Foram perdidas 905 vagas com carteira assinada no mês de maio, fechando o período com 2.053.179 trabalhadores ativos. O resultado representa um revês após um abril positivo, com a criação de mais de mil vagas de emprego.

As informações inéditas são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que divulga mensalmente a pesquisa.

Essa variação na criação de postos de trabalho, segundo o economista da FecomercioSP, Jaime Vasconscellos, era esperada e natural no processo de estabilização do mercado de trabalho. “Nos últimos dois anos é como se nosso mercado de trabalho fosse um elevador que sai do térreo e desce para o 8º subsolo de um prédio. Agora ele está parado e não vai descer para o 9º subsolo. O processo de subida nos parece próximo, mas não é uma recuperação e sim um processo de reação”.

Das nove atividades analisadas, seis tiveram queda nos postos de trabalho. O setor ‘outras atividades’, grupo composto pelo varejo de combustíveis para veículos automotores; lubrificantes; livros, jornais, revistas e papelaria; artigos recreativos e esportivos; joias e relógios; gás liquefeito de petróleo, liderou o número de vagas perdidas, foram 903. As lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento também registraram revês, com o fechamento de 694 vagas.

Mas nem todas as atividades registraram resultados negativos. O destaque positivo foram as farmácias e perfumarias, com 887 vagas criadas, e os supermercados, com 831 admissões. Já as profissões que mais extinguiram vagas foram as de gerentes de áreas de apoio (-578 vagas) e gerentes de produção e operações (-344 vagas).

Ainda segundo o especialista da FecomercioSP, após o corte de vendedores, atendentes, estoquistas e funcionários de administração, a mira está nos profissionais com cargos de liderança. “Mesmo demitindo menos, o perfil das pessoas que estão perdendo emprego agora são aqueles com cargos de lideranças, dá um pouco mais de fôlego em questão de custos para a empresa”.

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Os cargos que menos sofreram com perdas foram os trabalhadores de acabamento de obras (-117) e funcionários de caixas, bilheteiros e afins, com 107 vagas perdidas.

Apesar dos resultados negativos, a redução no número de vagas para o mês é o menos significativo desde maio de 2015. No ano anterior, São Paulo perdeu 3.730 vagas de comércio, enquanto em 2015 foram fechados 3.031 postos de trabalho.

No acumulado do ano foram fechados 29.704 empregos formais. Mas o saldo não é tão ruim se na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram perdidas 60.988 empregos.

Segundo a pesquisa, o corte nas vagas de emprego do varejo no Estado de São Paulo está caindo. Entre junho de 2016 a maio de 2017, foram perdidas 15.862 vagas. Já o período de junho de 2015 a maio de 2016 havia registrado perda de 76.139 postos de emprego.

Entretanto, segundo Vasconscellos, a crise econômica e política traz incertezas e afetam a confiança dos empresários, que vão pensar duas vezes antes de fazer investimentos, inclusive na abertura de vagas formais. “As crises afetam a reação do mercado de trabalho. Não foi o bastante pra acabar com essa retomada mas retarda o processo de criação de emprego”.

Em maio, oito das dezesseis regiões paulistas registraram saldo positivo de vagas neste mês de maio – capital (+177), São José do Rio Preto (+133), Araçatuba (+15), Marília (+48), ABCD (+107), Guarulhos (+372), Araraquara (+30) e Jundiaí (+20).

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Ainda assim, no saldo de 12 meses, apenas o ABCD registrou saldo positivo de vagas, com a criação de 48 postos de trabalho. Segundo a pesquisa, a região é a única que já registra estabilidade no mercado de trabalho.

O economista ainda ressaltou que 2017 não deve registrar mais grandes variações, como a perda de 10 mil vagas de emprego ocorrida em março. “O segundo semestre será naturalmente melhor, com quadro de trabalhadores mais enxuto as empresas vão contratar para o final do ano. Juros e inflação mais baixos trazem um reaquecimento para a economia, mesmo que tímido. O horizonte é um pouco melhor mas a realidade continua difícil”.

Acompanhe a variação no número de vagas no último ano:

 

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