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Clima de negócios piora no Brasil e na América Latina

Indicador da Fundação Getulio Vargas para o país atingiu o pior nível desde janeiro de 1999, ficando à frente apenas da conturbada Venezuela na região

Por Da Redação
14 Maio 2014, 13h43

Um estudo realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com a Universidade de Munique, divulgado nesta quarta-feira, mostrou que o Índice de Clima Econômico (ICE) para a América Latina caiu para 90 pontos em abril, abaixo da média de 104 pontos vista nos últimos dez anos. O indicador, que avalia o ambiente favorável aos negócios, ficou próximo dos 88 pontos registrados em outubro de 2013, após apresentar uma ligeira recuperação para 95 pontos em janeiro deste ano. Índices abaixo de 100 pontos são considerados desfavoráveis.

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No Brasil, o ICE caiu para 71 pontos em abril, ante 89 pontos em janeiro, o pior nível desde janeiro de 1999 e o mais baixo para os países da região, com exceção da Venezuela, que permaneceu com 20 pontos. O indicador também recuou na Argentina (que se manteve na zona desfavorável); no Chile, Equador e México (que passaram da zona favorável para a desfavorável); e na Colômbia e Paraguai (embora ambos continuem na zona favorável). Apesar disso, o índice melhorou na Bolívia, Peru e Uruguai, países que já estavam no patamar considerado propício.

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De acordo com o estudo, a Bolívia tornou-se como o país com melhor clima de negócios, com ICE de 140 pontos em abril. A Colômbia se manteve no segundo lugar, com 137 pontos, enquanto o Peru ficou na terceira colocação, com 134 pontos. Em seguida, ficaram Paraguai (130 pontos), Uruguai (109), Equador (100), México (98), Chile (95), Argentina (75), Brasil (71) e Venezuela (20).

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Segundo a FGV, a piora para os negócios na América Latina foi provocada pela queda dos dois indicadores que compõem o ICE: o Índice de Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE), que avaliam e fazem uma projeção da conjuntura econômica para os próximos seis meses, respectivamente. “Os três indicadores estão na zona desfavorável e seguem, assim como em janeiro, abaixo de suas médias históricas nos últimos dez anos”, informou a entidade.

Especialistas afirmaram que a falta de competitividade internacional continua sendo o principal problema que impede o crescimento econômico da região, assim como a falta de confiança nas políticas públicas (em seis países) e a inflação e a falta de mão de obra qualificada (em cinco países). Segundo eles, a deterioração do clima de negócios deve-se ainda às baixas previsões de crescimento para os países neste ano, principalmente Brasil (1,7%), Argentina (0,1%) e Venezuela (retração de 1,3%). As estimativas para os países em melhor situação também não são muito positivas, como é o caso da Bolívia (6%), Peru (5,1%), Paraguai (4,9%) e Colômbia (4,4%).

“A desaceleração do crescimento na China e, principalmente, a adoção de um novo modelo menos dirigido ao investimento em infraestrutura e mais focado no estímulo ao consumo interno permitem prever problemas para grandes exportadores de matérias-primas como Brasil, Chile, Colômbia e Peru”, disse a FGV.

(com agência EFE)

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