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Carne Fraca: Temer convoca reuniões de emergência

Autoridades europeias pediram explicações do país sobre revelações feitas na operação que desmantelou um esquema de fraudes em frigoríficos

Por Da redação
Atualizado em 18 mar 2017, 15h37 - Publicado em 18 mar 2017, 15h18

Preocupado com a repercussão internacional negativa da Operação Carne Fraca, o governo do presidente Michel Temer se mobilizou para reduzir o impacto causado pelas revelações de que frigoríficos de grande e pequeno porte pagavam propina para burlar a fiscalização de seus produtos. Foi convocada para este domingo reuniões de última hora com os ministros Blairo Maggi (Agricultura) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e representantes de empresas do ramo alimentício, cujos nomes ainda não foram divulgados.

Neste sábado, técnicos do Ministério da Agricultura preparam notas oficiais para enviar a embaixadores de diversos países com intuito de dirimir as dúvidas que surgiram a respeito da Carne Fraca, considerada pela Polícia Federal a maior operação da história nacional pelo número de mandados cumpridos e agentes mobilizados.

Entre os frigoríficos citados nas investigações, estão empresas pequenas e locais e gigantes do setor, como a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, e a JBS, da Seara e Friboi, que vendem seus produtos a diversos países. As duas companhias tiveram ontem as unidades vasculhadas pela PF em mandados autorizados pela 14ª Vara Federal de Curitiba e viram as suas ações despencarem na Bolsa de Valores de São Paulo.

As autoridades europeias pediram explicações ao Brasil sobre as apurações da Operação. A porta-voz de Saúde e Segurança Alimentar na Comissão Europeia, Aikaterini Apostola, disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que Bruxelas está acompanhando as investigações. “Estamos de fato em contato [com o país] e pedindo esclarecimentos da parte das autoridades brasileiras”, afirmou. 

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Segundo a Comissão Europeia, o sistema de identificação de eventuais problemas nos alimentos importados não registrou qualquer alteração na carne nacional durante os dois últimos anos. “Até o momento, não registramos nenhuma irregularidade com certificados de saúde relacionados com a carne do Brasil desde 2015”, disse Aikaterini.

Neste sábado, o presidente Michel Temer ainda falará por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Planalto não informou o tema da conversa.

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Em nota, a BRF afirmou que “cumpre as normas” e tem “rigorosos processos e controles”, “garantindo a qualidade e segurança dos seus produtos”. “A BRF informa que (…) está colaborando com as autoridades para o esclarecimento dos fatos. A companhia reitera que cumpre as normas e regulamentos referentes à produção e comercialização de seus produtos, possui rigorosos processos e controles e não compactua com práticas ilícitas. A BRF assegura a qualidade e a segurança de seus produtos e garante que não há nenhum risco para seus consumidores, seja no Brasil ou nos mais de 150 países em que atua”, diz o texto, na íntegra. 

Em nota, a JBS reiterou que não houve nenhuma medida judicial contra os seus executivos e que sua sede não foi alvo da Operação. Também afirmou que adota “rigorosos padrões de qualidade, com sistemas, processos e controles que garantem a segurança alimentar e a qualidade de seus produtos.

“A ação deflagrada em diversas empresas localizadas em várias regiões do país, ocorreu também em três unidades produtivas da Companhia, sendo duas delas no Paraná e uma em Goiás. Na unidade da Lapa (PR) houve uma medida judicial expedida contra um médico veterinário, funcionário da Companhia, cedido ao Ministério da Agricultura. A JBS e suas subsidiárias atuam em absoluto cumprimento de todas as normas regulatórias em relação à produção e a comercialização de alimentos no país e no exterior e apoia as ações que visam punir o descumprimento de tais normas. A JBS no Brasil e no mundo adota rigorosos padrões de qualidade, com sistemas, processos e controles que garantem a segurança alimentar e a qualidade de seus produtos. A companhia destaca ainda que possui diversas certificações emitidas por reconhecidas entidades em todo o mundo que comprovam as boas práticas adotadas na fabricação de seus produtos. A Companhia repudia veementemente qualquer adoção de práticas relacionadas à adulteração de produtos – seja na produção e/ou  comercialização –  e se mantém à disposição das autoridades com o melhor interesse em contribuir com o esclarecimento dos fatos”, diz a nota, na íntegra.

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(Com Estadão Conteúdo) 

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