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Carga de energia elétrica subiu 6,3% em dezembro, diz ONS

No acumulado de 2012, a alta no consumo foi de 4,2% em relação ao ano anterior. Temperaturas altas motivaram o aumento

Por Da Redação
21 jan 2013, 15h02

A carga de energia no sistema elétrico nacional subiu 6,3% em dezembro de 2012, na comparação anual, para 62.801 megawatts (MW) médios. A carga de energia é a soma do consumo do período e das perdas do sistema elétrico. O aumento foi motivado por temperaturas acima das esperadas para essa época do ano, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no Boletim de Carga Mensal, disponível em seu website.

No acumulado de 2012, a alta no consumo foi de 4,2% em relação ao ano anterior. O ONS explicou que um dos fatores que estimulou a alta foi o avanço das temperaturas, que ficaram mais altas que o padrão. “Houve desconforto térmico extremamente elevado nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul”, informou a nota.

O ONS ressaltou ainda a importância da “incorporação de novos aparelhos de refrigeração e ventilação para uso residencial e comercial, como resultado da melhoria de renda e da política de desoneração fiscal, tem feito com que a carga fique ainda mais sensível às oscilações de temperatura e sensação térmica”, segundo o ONS.

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A carga no Sudeste/Centro-Oeste subiu 7% ante dezembro de 2011. No Sul, o aumento foi de 6,4% e no Nordeste a alta foi de 7,9% em dezembro. Já o Norte registrou queda de 3,4% no consumo no período, diante principalmente da redução da carga de energia de dois grandes consumidores industriais, dos setores de alumínio e níquel. Além disso, no início de dezembro a ocorrência de chuvas no interior do Pará levou à redução da carga de refrigeração na região.

Reservatórios – Segundo o ONS, os reservatórios das usinas das regiões Sudeste e Centro-Oeste continuam o movimento de recuperação verificado na semana passada e acumulam variação positiva de 4,5 pontos porcentuais em janeiro. De acordo com informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios nestas duas regiões estavam no domingo com 33,3% da capacidade total – 0,5 ponto porcentual acima dos 32,8% do dia anterior e 4,5 pontos porcentuais superior aos 28,8% de 31 de dezembro de 2012.

A melhora do volume de água armazenado por essas hidrelétricas é uma boa notícia para o setor elétrico brasileiro, já que as usinas do Sudeste e Centro-Oeste concentram aproximadamente 70% da capacidade de armazenamento do país.

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Apesar dos sinais claros de melhora, a situação ainda requer cuidados por parte do governo federal. Isso porque o nível dos reservatórios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste ainda está apenas 9,8% acima da curva de aversão ao risco (CAR), que é o patamar mínimo de armazenamento para o atendimento da demanda do mercado com segurança. Além disso, em função do nível de chuvas verificado nas últimas semanas, o ONS reviu para baixo a sua expectativa para os reservatórios das duas regiões ao final deste mês. Hoje, a previsão é de que o volume de água armazenado fique em 36,9% da capacidade na última semana de janeiro, ante a estimativa anterior de 39,1%.

No Nordeste, os reservatórios ainda encontram-se muito abaixo do esperado para esta época do ano. De acordo com o ONS, o nível de armazenamento está, hoje, em 29,8% do total – 0,1 ponto porcentual acima dos 29,9% do dia anterior e 2,4 pontos porcentuais abaixo dos 32,2% apurados em 31 de dezembro. No Sul, os reservatórios estavam ontem em 48,9% da capacidade total, 0,5 ponto porcentual acima do patamar de 19 de janeiro e 12,4 pontos porcentuais superior aos 36,5% apurados em 31 de dezembro do ano passado.

Diante desse cenário, o ONS continuará despachando as termelétricas para garantir o abastecimento de energia ao sistema e ajudar a recuperação do nível dos reservatórios. Até o dia 25 de janeiro, a previsão do operador é de uma geração térmica em torno de 13,8 mil MW médios, dos quais 3,6 mil MW médios fora da ordem de mérito (do menor custo de geração para o maior). Esse volume é ligeiramente inferior ao montante programado para a semana passada, que foi de 14,1 mil MW médios, sendo 3,7 mil MW fora da ordem de mérito – vale lembrar que a térmica a gás natural AES Uruguaiana (RS) ainda não retomou a sua operação comercial.

(Com Reuters)

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