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BTG agora tem situação financeira ‘confortável’, diz novo presidente

Em carta, Persio Arida afirma que liquidez do banco melhorou com venda de ativos e acesso a 6 bilhões de reais do Fundo Garantidor de Créditos

Por Da Redação
4 dez 2015, 16h00

O BTG Pactual está confortável com sua liquidez, mas vai continuar a buscar novas vendas de ativos, afirmou o presidente do conselho do grupo financeiro, Pérsio Arida, em carta enviada a clientes do grupo nesta sexta-feira e obtida pela agência Reuters.

O nível de conforto veio depois que o BTG Pactual acertou acesso a uma linha de até 6 bilhões de reais do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O acesso aos recursos deu fôlego à instituição financeira, que tem sofrido forte volume de resgates de clientes após a prisão de seu ex-presidente, André Esteves, na semana passada.

“Eu agora estou confortável com nossa posição de liquidez, mas vamos continuar olhando novas vendas de ativos nas próximas semanas”, disse Arida no documento, acrescentando que a linha do FGC foi obtida como “medida de prudência”.

A linha do FGC, composto por um percentual dos depósitos dos próprios bancos, dá ao BTG Pactual algum fôlego para atender os 15 bilhões de reais em compromissos até o fim do ano, enquanto as receitas das vendas de ativos entram no caixa do banco. O BTG Pactual tinha 40 bilhões de reais em recursos no fim de setembro.

O grupo dos sete principais sócios do BTG Pactual – Marcelo Kalim, Roberto Sallouti, Pérsio Arida, Antonio Carlos “Totó” Porto, James de Oliveira, Renato dos Santos e Guilherme Paes – que assumiu no lugar de Esteves está negociando ceder carteiras de crédito a outros bancos do país, além de outros ativos, com participação em empresas, para levantar recursos e fortalecer a liquidez.

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‘Não é resgate’ – Com as dívidas de longo prazo e o patrimônio cobrindo apenas 23% das necessidades de liquidez do BTG Pactual, a linha de crédito do FGC lhe dá mais acesso a recursos de longo prazo. “A lógica por trás dessa linha de crédito é ajudar o BTG Pactual a se estabilizar. Isso não deve ser visto como um resgate”, disse Caetano Vasconcellos, diretor jurídico do FGC.

Segundo duas fontes com conhecimento direto das negociações com o FGC, o BTG Pactual ofereceu em troca 8 bilhões de reais em ativos como garantia. O FGC é controlado pelos três maiores bancos privados do país: Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil.

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Vasconcellos disse que o BTG Pactual procurou o FGC na terça-feira à noite. O objetivo do banco é pagar o empréstimo o mais rapidamente possível, embora as partes concordaram em mantê-lo disponível pelo período equivalente ao prazo de vencimento das garantias envolvidas, disseram as fontes.

A unit (pacote de ativos normalmente formado por mais de uma classe de ação) do BTG Pactual caía cerca de 4% nesta sexta-feira. Os papéis caíram 34% desde a prisão de Esteves. Os fundos de investimentos do BTG Pactual tiveram resgates líquidos de 9,15 bilhões de reais entre 25 e 27 de novembro, segundo dados do Sistema de Informações Anbima.

O BTG Pactual também informou nesta sexta-feira que está consultando escritórios internacionais de advocacia para conduzir uma investigação em relação a vários temas no contexto da prisão de Esteves. Na carta, Arida afirmou que Mark Maletz, um dos diretores independentes do BTG Pactual, vai liderar a comissão de investigação do banco.

A instituição também informou que o Banco Central aprovou mudança de controle do BTG Pactual. O grupo de sete principais sócios assumiu o controle na segunda-feira.

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(Com Reuters)

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