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CEO da Babbel: ‘Aprender idiomas é divertido, mas não é um jogo’

Nova diretora executiva do site de aprendizado de idiomas explica a importância da motivação pessoal e diz que a clientela brasileira é a que mais cresce

Por Felipe Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2017, 11h49 - Publicado em 27 jan 2017, 09h07

O site de aprendizado de idiomas Babbel contratou em janeiro a ex-presidente e ex-diretora de operações do site de notícias Business Insider, Julie Hansen, para diretora executiva da empresa nos Estados Unidos e chega com a missão de acelerar o crescimento da plataforma. A empresa oferece o serviço através de assinatura para ensinar 14 idiomas pelo site e por meio de um aplicativo para celular. A proposta é aprender rapidamente, e sem necessidade de professor, durante o tempo livre.

A executiva tem passagens pelas editoras Penguin Books e Condé Nast e pelo site americano de esporte universitário NCAA.com. Ela assume o lugar ocupado pelo fundador da Babbel, Thomas Holl, que passa a ser o diretor de estratégia da empresa. De Berlim, Julie falou a VEJA sobre o aprendizado de idiomas, brasileiros e os desafios de atuar em um novo setor.

Existem muitas ofertas de cursos de idioma, inclusive gratuitos, sobretudo para aprender inglês. Como a Babbel tenta se sobressair? De fato, existe muita oferta de materiais, como cursos que são comprados em bancas de jornal. Nós não queremos ser os substitutos das aulas formais, mais um complemento. Mas acho que em relação aos sites, não há muitos que sejam bons e acreditamos que o nosso curso seja melhor. No ano passado, pesquisadores da Universidade da Cidade de Nova York e da Universidade da Carolina do Sul fizeram um estudo sobre metodologias de ensino e concluíram que, com a nossa plataforma, é possível apender o equivalente a um semestre de espanhol em 15 horas de estudo, ao longo de dois meses, enquanto a média geral foi de 21 horas.

A que a sra. atribui esse resultado melhor? Acreditamos que é porque nossos cursos são construídos a partir de uma língua usada como base. Por exemplo, temos um curso para aprender inglês que é feito a partir do espanhol. Temos cerca de 100 especialistas em línguas para elaborá-los. Dessa forma, nós tornamos o vocabulário melhor. E tentamos fazer o conteúdo relevante para quem vai aprender. Existem cursos de concorrentes que até têm historinhas engraçadas como exemplos de aula. Nós fazemos um conteúdo que a pessoa vai usar para, por exemplo, tomar um táxi. E tem que ser divertido, recompensador.

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O que seria um exemplo de recompensa? Nós estamos desenvolvendo um sistema de certificação para língua inglesa em parceria com a Universidade de Cambridge. Ainda está em testes, e devemos anunciá-lo até março deste ano.

Aprender um novo idioma é uma resolução de ano novo que muita gente sempre faz, mas não consegue levar adiante. Como é possível aprender em uma plataforma em que o avanço do estudo depende de si próprio? Nós acreditamos que aprender um novo idioma deve ser divertido, mas não é um jogo, é preciso ter um interesse específico. Cada pessoa tem uma motivação diferente para aprender. Os americanos, por exemplo, têm muito interesse em aprender uma nova língua como uma forma de desenvolvimento pessoal. Esse desejo de progredir é muito da cultura do povo americano. Eles também aprendem para avançar na carreira, isso também é importante para eles. Mas é uma importância em um nível menor do que para pessoas de outros países. Há também muitos casos de americanos que se casam com um estrangeiro e aprendem o idioma do cônjuge para estreitar o relacionamento. Tem também pessoas que o fazem por interesses culturais, para explorar a cultura original da própria família ou apenas para manter a mente ativa.

Qual a importância da clientela brasileira para a plataforma? Eu não tenho dados específicos sobre o mercado brasileiro, mas posso dizer que é bem grande: nós temos 100.000 novos registros de usuários do Brasil por mês (são 1 milhão de usuários modalidade paga globalmente). E este é o país que mais cresce em termos de registros no total. Nós começamos a investir de fato no país há pouco mais de dois anos. E os imigrantes latino-americanos que moram nos Estados Unidos são outro grupo relevante. Tanto que nós fizemos uma ação de marketing especificamente voltada para eles no ano passado. Não posso dizer os números do resultado dessa campanha, mas superou as nossas metas. E eu imagino que este é um grupo que vai continuar ganhando importância para nós.

A sra. veio de um site de notícias, o Business Insider. O que dá para aproveitar dessa experiência na gestão de uma plataforma de ensino de idiomas? Acredito que haja bastante semelhança entre os dois negócios. Em ambos os casos, ter um conteúdo de qualidade é realmente o que importa, nada mais além disso. E, quando entrei pela primeira vez na sede do Babbel aqui em Berlim,  senti um ambiente muito parecido com o de uma redação jornalística ao falar com a equipe. Porque trata-se de conhecimento. Os pesquisadores, assim como os repórteres, são pessoas muito curiosas. Em relação ao marketing para expandir o negócio, aprendi que para cada canal, cada rede social, é preciso produzir um conteúdo diferente. Não dá para tratá-las da mesma maneira.

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