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Brasil e China fecham acordos de US$ 53 bi para turbinar concessões e ajudar Petrobras

Anúncio ocorre durante a visita ao Brasil do primeiro ministro da China, Li Keqiang. Ao todo, 35 acordos foram assinados entre os dois países

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h33 - Publicado em 19 Maio 2015, 16h00

Brasil e China assinaram nesta terça-feira 35 acordos que superam os 53 bilhões de dólares (ou 159 bilhões de reais) em investimentos e contratos de cooperação financeira, por ocasião da visita do premiê chinês ao país, Li Keqiang. Foram firmados também memorandos para a criação de dois fundos de infraestrutura. O primeiro deve ter aportes de 50 bilhões de dólares e foi acertado entre a Caixa Econômica Federal e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC). Um segundo foi assinado entre os dois governos e contará com aportes de 30 bilhões de dólares do governo chinês. O Brasil ainda não divulgou quanto poderá aportar.

Em ano de dificuldades econômicas, o governo aposta nos cofres cheios de dinheiro da China para financiar obras de infraestrutura. Por isso, a visita do primeiro-ministro chinês está sendo tratada como uma rara oportunidade de apresentar uma agenda positiva. “O Brasil atribui grande importância à assinatura desse acordo sobre investimento e capacidade produtiva, nas áreas de energia elétrica, mineração, infraestrutura e manufaturas”, disse Dilma, ao lado de Keqiang.

Os acordos de cooperação entre os dois países também contemplaram grandes empresas brasileiras, como a Petrobras, a Vale e a Embraer. No caso da petroleira, foram assinados dois acordos que somam aportes de 7 bilhões de dólares para custear projetos da estatal. O maior deles, no valor de 5 bilhões de dólares, foi fechado com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB).

Em relação à Vale, foi concluída a venda de quatro navios da mineradora à China Merchantz Energy Shipping (CMES), para transporte de minério de ferro. Além disso, a companhia brasileira ampliou um acordo de cooperação financeira de 4 bilhões de dólares com a China.

A Embraer e a chinesa Tianjin Airlines, subsidiária do Grupo HNA, assinaram acordo final para a venda de 22 aeronaves. O contrato, com valor estimado de 1,1 bilhão de dólares pelo atual preço de lista, compreende vinte jatos modelo E195 e dois E190-E2, o que tornou o Grupo HNA Tianjin Airlines a primeira companhia aérea chinesa a adquirir os E-Jets E2. O acordo entre as duas empresas para quarenta aviões havia sido previamente anunciado durante a visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, em julho de 2014.

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O Banco de Comunicações da China, o quinto maior do país asiático, anunciou ainda a compra de cerca de 80% do banco brasileiro BBM por 525 milhões de reais. “A proposta de aquisição do Banco BBM é a primeira compra do Bank of Communications no exterior. Também marca o primeiro passo da expansão do banco na América Latina”, informou o banco chinês em comunicado, lembrando que a China vem sendo o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009.

Infraestrutura – O governo vê no fundo de investimentos a possibilidade de resolver parte do financiamento à construção de ferrovias. Em 2014, durante a visita do presidente da China, Xi Jinping, foi assinado um termo de acordo para estudo de viabilidade de investimentos entre a construtora Camargo Corrêa e a China Railway Construction Corporation visando a construção da linha entre as cidades de Lucas do Rio Verde (MT) e Campinorte (GO), onde se ligaria à ferrovia Norte-Sul.

Salvação – Na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff convocou os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Aloizio Mercadante (Casa Civil), Mauro Vieira (Itamaraty) e Nelson Barbosa (Planejamento) para uma reunião preparatória. Também participam da audiência os ministros Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Kátia Abreu (Agricultura) e Ricardo Berzoini (Comunicações), além do embaixador do Brasil na China, Valdemar Carneiro Leão, para revisar os últimos detalhes dos acordos. Dentro do Planalto, o premiê chinês tem sido visto como “o salvador da Pátria” em um ano de ajuste econômico severo.

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(Da redação)

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