Bolsas europeias fecham em alta influenciadas por acordo entre Grécia e credores
Após dezessete horas de reunião, líderes europeus e Grécia acertaram os detalhes para liberar um pacote de resgate financeiro para o país em troca de reformas
Por Da Redação
13 jul 2015, 15h15
As bolsas europeias fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionadas pelo acordo firmado hoje entre a Grécia e os seus credores internacionais. Os termos ainda precisam ser aprovados pelos parlamentos da zona do euro, mas o acerto preliminar deixou os mercados entusiasmados, deixando mais longe a possibilidade de o país deixar o bloco e de uma crise financeira contagiosa.
As empresas financeiras foram as mais beneficiadas pelo anúncio do acordo. Em Frankfurt, os papéis do Deutsche Bank e do Commerzbank tiveram altas de 3,3% e 2,5%, respectivamente, contribuindo para o índice DAX encerrar o dia com ganho de 1,49%. Em Paris, o banco Credit Agricole subiu 3,01%, impulsionando o índice CAC a registrar valorização de 1,94%.
Em Milão, o índice FTSE Mib teve alta de 1%, com a ajuda dos bancos Intesa Sanpaolo e UniCredit, que anotaram avanços de 1,9% e 1,6%. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE subiu 0,97%. Na península ibérica, as bolsas de Madri e Lisboa avançaram 1,70% e 1,49%, respectivamente.
“Estamos vendo um rali de alívio, uma vez que os piores temores foram removidos”, disse o chefe global de estratégia da Standard Life Investments, Andrew Milligan. “Conforme analisamos os detalhes, porém, fica muito claro que há um número grande de obstáculos a serem superados, especialmente em Atenas”, completou.
Com o feriado bancário decretado há duas semanas, a bolsa grega permaneceu fechado nesta segunda. Ativos do país listados nos Estados Unidos, no entanto, subiam com a notícia.
Depois de uma reunião de 17 horas entre a noite de domingo e a manhã desta segunda, as autoridades europeias deram fim ao impasse grego que durava meses e chegaram a um entendimento: um terceiro programa de resgate financeiro foi oferecido à Grécia, no valor de até 86 bilhões de euros, sob a condição de que o país adote medidas de austeridade, que incluem cortes no sistema previdenciário e a criação de um fundo de privatizações.
As medidas, no entanto, ainda precisam ser aprovadas pelos parlamentos da zona do euro, entre eles o da própria Grécia. Segundo analistas, o país deverá enfrentar um momento de turbulência política nos próximos dias, uma vez que o acordo prevê medidas que haviam sido rejeitadas pela população grega no plebiscito do último dia 5.
Além disso, os parlamentares gregos devem oferecer resistência ao acordo, já que parte do Syriza, o partido com maior bancada, é contra a austeridade. Este cenário pode resultar na queda do governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras e na formação de um governo de técnicos, que teria a função de conduzir esta nova fase de reformas no país.
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