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Benetton muda presidente em meio a aumento da competitividade

Por Olivier Morin
24 abr 2012, 12h33

Após 47 anos à frente do grupo de moda italiano Benetton, célebre por suas malhas coloridas e publicidade polêmica, Luciano Benetton passa as rédeas a seu filho Alessandro, que terá a árdua tarefa de relançar a marca para competir com novos gigantes como a Zara ou a HM.

Luciano, que completará 77 anos em maio, entregou nesta terça-feira a direção da empresa a seu filho, de 48 anos e vice-presidente desde 2006, em uma assembleia geral do grupo em Ponzano Veneto (nordeste).

Em um comunicado, o grupo anunciou a nomeação à presidência de Alessandro, que se encarregará de guiar “a empresa em um cenário de mudança dos mercados, complicado pela crise da dívida, para transitar de forma decidida pela via do crescimento e pela melhora da rentabilidade”.

A saída da presidência de Luciano, que continuará no conselho de administração, é uma enorme mudança para a empresa, que foi fundada por ele juntamente de seus irmãos Gilberto, Carlo e Guiuliana em 1965.

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Após quase meio século de existência e com os negócios pulverizados em estradas, imóveis e telefonia, a Benetton sairá agora da Bolsa de Milão, já que a família decidiu recuperar o controle total deste gigante com mais de 6.500 lojas em 120 países.

Penalizado pela recessão que assola a Europa e pela alta das matérias-primas, o grupo registrou em 2011 uma queda de seu lucro líquido de 28,3%, para 73 milhões de euros e um recuo de suas vendas em 1%, para 2,030 bilhões.

“A Benetton é uma equipe forte e as equipes fortes sempre têm êxito”, disse Alessando.

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Para Giuliano Noci, professor de economia do MIP, a escola de comércio do Politécnico de Milão, a crise irá obrigar a Alessandro, diplomado em Harvard e casado com a ex-campeã de esqui, Deborah Compagnoni, a adotar “grandes decisões estratégicas”.

“Esta mudança de gestão é bem vinda, já que a nos últimos 10-15 anos, a Benetton não teve a capacidade inovadora que lhe diferenciou no passado, em um momento em que o mundo da moda tem passado por grandes mudanças com chegada da Zara e HM”, afirma o economista. “O grupo Benetton precisará de um modelo mais agressivo e terá que investir em inovação de produtos, já que Zara e HM propõe uma moda mais glamurosa”, completou.

O novo presidente anunciou que pretende crescer internacionalmente.

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“Temos que consolidar nossa presença na Europa e ao mesmo tempo expandir para Coreia, Rússia, Índia e Turquia”, um crescimento internacional que “custará caro”, disse o novo presidente em uma entrevista ao jornal francês Le Figaro desta terça-feira.

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