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BC prevê juros altos por um tempo “suficientemente prolongado”

Em ata da última reunião do Copom, instituição informa que a inflação continuará elevada em 2015, mas que melhorou as condições para ela convergir para o centro da em 2016

Por Da Redação
6 ago 2015, 09h50

A taxa básica de juros (a Selic), que teve sete reajustes seguidos desde o outubro do ano passado, deve permanecer na casa dos 14,25% por um “período suficientemente prolongado”. A informação consta da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu na semana passada aumentar a Selic para o maior patamar em nove anos. Segundo o texto, que foi divulgado nesta quinta-feira, o objetivo é que, com os juros elevados, a inflação seja empurrada para dentro da meta, cujo teto é de 6,5%, no próximo ano.

Conforme já havia sido dito em relatórios anteriores, o Banco Central reconhece que a inflação encerrará 2015 em um nível acima do estipulado pelo governo e que o alvo agora é barrar a sua propagação para os próximos anos. Para o BC, a inflação é fruto do “realinhamento dos preços domésticos aos internacionais e dos administrados aos livres”. Em outras palavras, os preços dos produtos têm sido pressionados pela valorização dólar frente ao real e pelo reajustes nas contas de luz, água e outros tributos.

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“Esses ajustes de preços fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015, necessitando determinação e perseverança para impedir sua transmissão para prazos mais longos. Ao tempo em que reconhece que esses ajustes de preços relativos têm impactos diretos sobre a inflação, o Comitê reafirma sua visão de que a política monetária pode, deve e está contendo os efeitos de segunda ordem deles decorrentes, para circunscrevê-los a 2015”, diz o texto.

Diferente dos últimos relatórios, que diziam que as medidas adotadas para minar a inflação “ainda não eram suficientes”, o Banco Central afirmou que o cenário de convergência da inflação para o centro da meta (4,5%) em 2016 se fortaleceu. “Os avanços alcançados no combate à inflação mostram que a estratégia está na direção correta”. Apesar disso, o Copom ressaltou que continua “vigilante em caso de desvios significativos das projeções de inflação em relação à meta”.

No último relatório trimestral da inflação, o BC informou que espera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a 9% neste ano. Nesse mesmo documento, a autoridade monetária admitiu que a chance de estouro da meta, fixada em 6,5%, era de 99%.

Diante da ata divulgada hoje, alguns analistas de mercado entenderam que o BC deixou a porta aberta para elevar a Selic novamente, mais cedo ou mais tarde. “O Copom pode voltar a elevar juros, mas num cenário em que tenha um desvio muito grande em relação ao que se projeta para o ano que vem. Ele se colocou uma barreira para voltar a aumentar o juro que é relativamente alta”, afirmou o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.

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O quadro político e econômico turbulento, combinado com o salto do dólar, já vinha levando alguns investidores a apostarem que o BC elevaria novamente os juros em 10 de setembro, quando o Copom volta a se reunir para discutir a política monetária do país.

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(Da redação)

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