Balança comercial tem maior superávit para setembro desde 2006
O saldo positivo, de 3,8 bilhões de dólares, foi resultado de 15,79 bilhões de dólares em exportações e 11,98 bilhões de dólares em importações no mês
A balança comercial registrou um superávit de 3,80 bilhões de dólares em setembro, divulgou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços nesta segunda-feira. O número é o melhor para o período desde 2006 e foi o resultado de 15,79 bilhões de dólares em exportações e 11,98 bilhões de dólares em importações no mês.
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O resultado, contudo, veio ligeiramente abaixo da expectativa de um superávit de 3,9 bilhões de dólares, segundo pesquisa da agência Reuters, e também refletiu uma queda menos intensa na ponta das importações do que aquela vista em meses anteriores.
Desde o ano passado, a balança comercial no país vem sendo beneficiada pela profunda recessão econômica, que tem feito as importações caírem em ritmo muito superior ao das exportações. Mas com o fortalecimento do real diante do dólar, esse movimento vem perdendo parte de seu ímpeto.
Enquanto as importações recuaram 9,2% em setembro sobre um ano antes, pela média diária, a 11,98 bilhões de dólares, as exportações sofreram um declínio de 2,2% na mesma base, alcançando 15,79 bilhões de dólares.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, as exportações em setembro recuaram 8,6% na categoria de básicos e diminuíram 3,1% na categoria de manufaturados. Por outro lado, subiram 19,8% em manufaturados, alavancadas por um salto de 147% nas vendas de açúcar em bruto.
Já as importações caíram de maneira generalizada no mês, com um recuo anual de 28,3% em bens de capital, de 23,7% em combustíveis e lubrificantes, de 10,1% em bens de consumo e de 2,3% em bens intermediários.
No acumulado de janeiro a setembro de 2016, o superávit comercial atingiu 36,17 bilhões de dólares, o melhor resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. As exportações somaram 139,36 bilhões de dólares nos primeiros nove meses do ano e as importações totalizaram 103,18 bilhões de dólares.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)