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Após renegociar tributos, JBS tem lucro de R$ 323 milhões

Resultado inclui a adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) - o "novo Refis"; sem ele, lucro teria sido de R$ 1,9 bilhões, um recorde

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 14 nov 2017, 08h48 - Publicado em 14 nov 2017, 08h46

Imersa em profunda crise de reputação e com seus principais acionistas presos, a JBS reportou na segunda feira um lucro de 323 milhões de reais no terceiro trimestre. O valor representa retração de 64% sobre os 887 milhões de reais em igual período de 2016. O resultado trimestral inclui impacto da adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) – o “novo Refis”. Sem ele, o lucro teria sido de 1,9 bilhões de reais, o melhor da sua história, segundo a companhia.

O desempenho operacional foi decisivo para atenuar o que vinha sendo o principal ponto de preocupação dos investidores ao olhar os números da JBS: o alto endividamento. A empresa, que em julho precisou renegociar com bancos mais de 20 bilhões de reais sob risco de não conseguir honrar compromissos, anunciou corte de 4,8 bilhões de reais na dívida líquida. Mais da metade veio do dinheiro gerado na operação. A venda de ativos, como a operação em países do Mercosul, também ajudou.

Com isso, a JBS conseguiu reduzir o endividamento para 3,4 vezes sua capacidade de geração de caixa (Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A meta é levar para abaixo de 3 vezes o Ebtida. Mas agora a JBS já ostenta patamar de endividamento mais confortável do que o dos rivais brasileiros e em linha com os estrangeiros, diz a empresa. “No meio de todo barulho que o grupo passou, tivemos o melhor resultado da história”, afirmou o diretor de operações, Gilberto Tomazoni.

A expectativa da JBS é que não seja necessária nova renegociação da dívida e que a relação com os bancos volte ao normal no primeiro semestre de 2018.

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Vendas

O resultado foi reflexo da forte alta nas vendas do exterior, em especial da divisão americana. No Brasil, que responde por 12% do negócio, os números vieram abaixo do esperado. A receita da Seara ficou estável, mas as da operação de carne murcharam diante da queda de 31% nas vendas ao mercado interno. A principal razão, segundo a JBS, foi a necessidade de corte dos abates em 17% no trimestre.

Os números não foram acompanhados do relatório do auditor independente, que aguarda a apuração dos fatos relacionados ao acordo de leniência da J&F, afirmou a companhia.

A expectativa da JBS é manter o nível de geração de caixa nos próximos trimestres. “As perspectivas seguem positivas. Os mercados americano e canadense serão beneficiados pelo aumento de renda e queda do desemprego. Na Austrália, há perspectivas melhores após a seca que atingiu o país”, disse André Nogueira, presidente da JBS nos EUA. “No Brasil, temos capacidade ociosa e podemos crescer ainda mais”, afirmou Tomazoni.

Administração

O alto escalão da JBS tentou diminuir o impacto da saída de Wesley Batista do comando. Preso desde o dia 13 de setembro, ele foi substituído por seu pai e fundador da JBS, José Batista Sobrinho. “Uma empresa desse tamanho não pode ficar num único nome”, afirmou Nogueira. “Cada camarada que roda uma operação da JBS age como dono. É esse o motivo de estarmos apresentando, mesmo com a saída do Wesley, um resultado recorde.”

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