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Adesão ao programa de repatriação já soma R$ 7,2 bilhões

Valor corresponde a encargos sobre recursos declarados até sexta por cerca de 2.500 contribuintes; o pagamento total dos recursos ainda não foi feito

Por Da redação
Atualizado em 26 set 2016, 11h13 - Publicado em 26 set 2016, 11h13

A Receita Federal já contabiliza 7,2 bilhões de reais de arrecadação com o programa de repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior. Até sexta-feira, este era o correspondente, em multa e Imposto de Renda, a 30% do total dos ativos aos valores declarados por cerca de 2.500 contribuintes que aderiram ao programa, mas ainda aguardam para efetuar o pagamento. O prazo final é 31 de outubro.

A expectativa da Receita é que este valor suba para 9 bilhões de reais até o fim desta semana. Cerca de 1 bilhão de reais já foram efetivamente pagos e há um grupo de parlamentares que tentam aprovar a extensão do prazo até dezembro.

Em relatório do Orçamento deste ano, enviado ao Congresso na sexta-feira passada, o governo passou a contar com 6,2 bilhões de reais de receitas com a repatriação. Esse valor evitaria um corte de 3,5 bilhões de reais no fim deste mês e garante uma reserva financeira de 1,1 bilhão de reais para a equipe econômica administrar riscos de descumprimento da meta fiscal de 2016.

Quando há a declaração, o contribuinte já confessou o valor que mantém fora do país. Por isso, o ingresso desses recursos é dado como certo pela Receita. A grande preocupação do Ministério da Fazenda é com o risco de o Congresso aprovar novo projeto facilitando as regras e permitindo ao contribuinte regularizar o dinheiro que está fora do país pagando menos Imposto de Renda (IR) e multa. O pagamento da multa e IR permite ao contribuinte ter anistia para os crimes de lavagem de dinheiro e evasão fiscal.

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A votação do projeto é patrocinada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que defende que o pagamento do IR incida sobre o valor do saldo do patrimônio no dia 31 de dezembro de 2014. Pela lei em vigor, o IR deve incidir sobre toda a renda consumida enviada ao exterior e não declarada. Lideranças políticas vão se reunir hoje para definir o cronograma de votação.

Mudança

O relator do projeto que prevê mudanças no programa, deputado Alexandre Baldy (PTN-GO), vai propor que o prazo de adesão seja estendido de 31 de outubro para 16 de dezembro – e não mais para o último dia do ano, como pensado inicialmente. “Se mudarem a lei para excluir os valores consumidos, certamente o montante já declarado vai reduzir”, alertou uma fonte do Ministério da Fazenda. A Receita e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já se declararam publicamente contrários à mudança.

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O Ministério Público está acompanhando a movimentação do Congresso para flexibilizar a lei, principalmente, a proposta de permitir que políticos e detentores de cargos públicos, além de seus parentes, sejam beneficiados pelas mudanças. Hoje, eles estão impedidos de aderir à repatriação.

Os governadores, que vão receber uma fatia da arrecadação da repatriação, não querem a mudança. Assim como o governo federal, eles precisam desse dinheiro para ter um alívio até o final do ano e boa parte deles não quer que o Congresso mude as regras para diminuir o valor do que for arrecadado.

(Com Estadão Conteúdo)

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