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Acredite: é possível pedir aumento de salário, mesmo com a crise

Saiba como negociar um reajuste salarial sem entrar em atrito com a empresa - ou se o melhor no seu caso é esperar mais um pouco

Por Vinícius Pereira
Atualizado em 9 nov 2016, 16h40 - Publicado em 9 nov 2016, 16h39

Com quase 12 milhões de desempregados e em meio à maior recessão econômica já registrada no país, pedir um aumento de salário pode ser considerado uma aposta de risco do funcionário, certo? Não necessariamente.

Especialistas consultados pelo site de VEJA afirmam que, tomando alguns cuidados, o trabalhador pode, sim, pedir – e conseguir – uma recompensa financeira mesmo sob um cenário de crise.

“Em tempos em que a busca dos trabalhadores por emprego é maior que o número de vagas, claro que não é o melhor momento. O salário médio cai em tempos como esse”, diz Elaine Saad, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). “Mas isso não quer dizer que a pessoa não possa pedir um aumento.”

Ela afirma que o trabalhador precisa considerar três pontos principais antes de pedir uma reunião com o chefe: defasagem, atribuições e equiparação.

“Ele precisa entender se o nível salarial que ele tem hoje está defasado em relação às atribuições; se as responsabilidades e o trabalho aumentaram, mas sem acréscimo na remuneração; e se quer tentar equiparar o salário que ela recebe com pessoas do mesmo cargo em outras empresas”, diz.

O presidente da SBCoaching, Villela da Matta, afirma que o funcionário deve se imaginar como um produto. “Com crise ou não, a ideia é que todo empresário deve saber o preço do seu produto. Então, quem quer um aumento tem que saber o quanto ele vale. Tem que quantificar e qualificar o seu trabalho para, assim, pedir o aumento”, afirma.

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Márcia Almström, diretora de marketing e recursos humanos da consultoria de RH Manpower Group, concorda com os termos e acrescenta: o funcionário pode negociar também o pacote de benefícios.

“Ele pode navegar mais facilmente em uma negociação sobre benefícios ou sobre remuneração variável (caso das premiações, por exemplo) do que no salário nominal”, diz. “Assim, uma estratégia é fugir da ideia de pedir o aumento do salário nominal e dar preferência a um aumento nas remunerações variáveis.”

Para a especialista, é necessário ter inteligência emocional em momentos de crise para conseguir benefícios profissionais. “Se o trabalhador sentir que a dificuldade é muito grande em relação ao aumento, eu não recomendaria ele se estressar em função disso nesse momento”, diz.

A seguir, a principais dicas relacionadas pelos especialistas ouvidos pelo site de VEJA:

1. Analise o ambiente
Veja o clima e tente entender qual é a real situação financeira da empresa; repare se recentemente houve demissões ou aumentos concedidos.

2. Hierarquia
Respeite a hierarquia da empresa. Jamais pule seu chefe direto para fazer o pedido. As reivindicações devem ser feitas diretamente ao seu superior.

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3. Negociação
A empresa poderá negar o pedido. Isso é normal. O funcionário, porém, não pode estender essa negociação por tempo demais. Caso a resposta seja negativa, peça para agendar uma nova conversa para daqui a algum tempo.

4. Defasagem
Se seu salário tem sido o mesmo durante muitos anos e não acompanhou as mudanças de sua carreira, esse pode ser um bom argumento para quem busca a valorização.

5. Problema pessoais
Não leve problemas pessoais à mesa de negociação. Segundo os especialistas, isso não deve comover o chefe. Além disso, o funcionário deve pedir aumento em função de seus méritos, não de sua necessidade.

6. “Faca na garganta”
Outra tática não aconselhável é colocar a empresa na parede. O famoso “se eu não tiver aumento, eu saio” não deve ser usado. Isso corrói sua reputação na empresa.

7. Atribuição
Se você acumula funções de mais profissionais ou trabalha por três, quatro pessoas, pode pedir para que a empresa te recompense por isso.

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