Um terço dos ursos-polares pode sumir até 2050, diz pesquisa
Segundo novo estudo, a principal razão para o desaparecimento é o derretimento das calotas polares
Cerca de 30% dos 26.000 ursos-polares (Ursus maritimus) que existem na Terra podem desaparecer até 2050. Segundo estudo publicado na última edição da revista britânica Royal Society Biology Letters, a principal razão para o possível sumiço é o derretimento das calotas polares, pois o ambiente tem impacto direto na alimentação e sobrevivência desses animais.
Para chegar ao porcentual, a equipe de cientistas composta pela área de mamíferos marinhos do Serviço Americano de Pesca e Vida Selvagem (U. S. Fish and Wildlife Service) e por pesquisadores de países como o Canadá e a Noruega, observaram o tamanho das calotas polares nos últimos 35 anos. Em seguida, cruzaram esses dados com informações sobre as variações nas populações de dezenove grupos de ursos polares espalhados pelo Ártico.
A intersecção dos números permitiu a projeção dos possíveis cenários da população de ursos até a metade do século XXI – de acordo com as probabilidades, há 70% de chances de um terço da espécie desaparecer nos próximos 35 anos.
Mudanças climáticas
O urso-polar está na lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) desde 1982. O animal é listado como “vulnerável”, pois o órgão considera que a espécie tem risco elevado de extinção.
As mudanças climáticas têm provocado o derretimento de placas de gelo no e, consequentemente, o habitat dos animais têm diminuído, segundo o resultado final dos cientistas. Nesta semana, cientistas afirmaram que o gelo marítimo nos arredores da Antártica e no Ártico atingiu baixas recordes e encolheu duas vezes o tamanho do Alasca ou aproximadamente o tamanho da Índia.