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Tabela periódica ganha dois novos elementos químicos

Altamente radioativos, elementos de número atômico 114 e 116 só podem ser forjados em laboratório - e só duram milésimos de segundo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h07 - Publicado em 7 jun 2011, 21h10

Dois novos elementos químicos finalmente serão adicionados à tabela periódica. Após quase três anos de revisão e uma década de estudos, um comitê formado por físicos e químicos anunciou oficialmente a decisão. Ununqudium e ununhexium, como foram provisoriamente chamados até que nomes oficiais sejam escolhidos, são os dois elementos mais pesados da tabela e altamente radioativos. Seus números atômicos (quantidade de prótons) são 114 e 116, respectivamente, e seus números de massa (prótons mais nêutrons), 289 e 292.

Um elemento químico representa um conjunto de átomos que têm a mesma quantidade de prótons em seu núcleo. A tabela periódica ordena e agrupa os elementos conforme determinadas características, permitindo a cientistas prever inúmeras propriedades e reações.

Desde 1999 vários grupos já alegaram ter produzido o elemento de número atômico 114 em laboratório, mas apenas duas equipes conseguiram apresentar provas contundentes para a banca examinadora da União Internacional de Química Pura e Aplicada, órgão internacional, não-governamental, que tem a palavra final sobre a tabela periódica. Ambas as equipes, especialistas do Join Institute for Nuclear Research (JINR), na Rússia, e do Laboratório Lawrence Livermore, nos Estados Unidos, colaboraram no projeto e ofereceram ajuda para provar também a existência do elemento 116.

Os novos elementos não podem ser encontrados na natureza. Podem apenas ser forjados em laboratório, por milésimos de segundo, como o resultado da colisão entre núcleos mais leves em um acelerador. Para produzir o elemento de 116 prótons, por exemplo, os cientistas usaram cúrio (96 prótons) e cálcio (20 prótons).

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Nova casa, novo nome �- A demora em aprovar a entrada dos dois elementos na tabela periódica deve-se, em parte, à curta existência de elementos pesados como o 114 e 116. Em milésimos de segundo eles perdem massa e se transformam em elementos mais leves, dificultando o trabalho de cientistas para obter provas de que eles, de fato, existiram.

Uma vez atendidos os requisitos exigidos pelo comitê, os elementos receberão o nome de seus descobridores. Sendo assim, é provável que os elementos 114 e 116 sejam batizados com nomes russos – já que a equipe do Joint Institute recebe a maior parte do crédito pela descoberta.

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