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Sonho de viajar no tempo fica ainda mais distante

Cientistas demonstram que o fóton, partícula fundamental da luz, é incapaz de ultrapassar o limite universal de velocidade proposto por Albert Einstein

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h04 - Publicado em 26 jul 2011, 18h24

Se os cientistas quiserem viajar no tempo, terão que esquecer os fótons. Uma pesquisa publicada no periódico Physical Review Letters mostra que essas partículas fundamentais da luz também estão sujeitas ao limite de velocidade do universo: 300.000 quilômetros por segundo. Essa é a velocidade da luz no vácuo, teoricamente capaz de levar um objeto a dar sete voltas e meia na Terra em um segundo.

Os pesquisadores acreditavam que um fóton poderia “viajar no tempo” porque experimentos nos últimos anos mostraram que, em meios especiais diferentes do vácuo, a partícula poderia se locomover mais rápido do que a luz, antecipando o evento que a gerou. Seria possível reproduzir o mesmo comportamento no vácuo? A pesquisa conclui que não.

Experimento – O cientista Shengwang Du, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, mediu um fenômeno chamado precursor ótico. Assim como o ar empurrado adiante por um avião em alta velocidade, os precursores óticos são ondas que precedem os fótons em determinado meio. Até agora, essas ondas nunca haviam sido observadas diretamente para um único fóton. Talvez, deduziam os cientistas, isso ocorresse porque o fóton isolado é mais rápido que seu precursor ótico. É como se o avião fosse mais veloz do que o vento que o precede.

Os pesquisadores fizeram um par de fótons viajar através de um gás bem gelado – apenas 100 milionésimos de grau célsius acima do zero absoluto, o limite mínimo da temperatura no universo. Esse ambiente simula o comportamento da luz no vácuo e permite que os cientistas manipulem e meçam o comportamento da luz com mais facilidade. O experimento mostrou que o precursor ótico e o fóton que o causou estão sujeitos ao limite de velocidade do universo. Um fóton não é capaz de viajar mais rápido que a luz no vácuo, concluíram.

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Ao mostrar que fótons isolados não podem ultrapassar a velocidade da luz no vácuo, os cientistas deram fim a um debate acalorado: qual a real velocidade da informação carregada pelo fóton? Poderia ser mais rápida do que a luz? A conclusão tem impacto sobre tecnologias emergentes, como os computadores quânticos, que podem utilizar a luz para enviar e receber informações. Agora, os cientistas já sabem que essa informação terá um limite de velocidade e ele é o mesmo para todas as outras coisas do universo.

Viagem no tempo – No início do século XX, o físico alemão Albert Einstein mostrou que, teoricamente, nada pode viajar mais rápido do que a luz no vácuo – uma espécie de velocidade máxima para todas as coisas. Isso resume o princípio de causalidade proposto por Einstein: um evento não pode preceder sua causa ao viajar mais rápido do que a luz no vácuo. A violação da causalidade permitiria, em teoria, a viagem no tempo.

A ciência, contudo, não esgotou suas possibilidades. A esperança da viagem no tempo se debruça em alternativas. Uma delas pertence à teoria da relatividade geral, descrita por Einstein. Ela diz que o espaço e o tempo são dois aspectos inseparáveis do mesmo “meio”. Por isso, teoricamente, seria possível dobrar esse meio e unir dois momentos diferentes no tempo, criando o que ficou popularmente conhecido na literatura e seriados de ficção científia como “wormhole”, ou “buraco de minhoca”.

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