Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Sistema imunológico elimina constantemente células cancerígenas

Com mutações, essas células podem causar o linfoma não-Hodgkin, doença que afetou Dilma Rousseff e Reynaldo Gianecchini

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h14 - Publicado em 3 fev 2014, 15h54

Pesquisadores da Austrália descobriram que o sistema imunológico humano está mais preparado do que se pensava para evitar um tipo de câncer, o linfoma não-Hodgkin. O estudo mostrou que o organismo elimina diariamente células que crescem de forma desordenada e poderiam levar ao desenvolvimento de um tumor. O artigo que descreve as conclusões dos cientistas foi publicado neste domingo, no periódico Nature Medicine.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Fas ligand-mediated immune surveillance by T cells is essential for the control of spontaneous B cell lymphomas

Onde foi divulgada: periódico Nature Medicine

Quem fez: Shoukat Afshar-Sterle, Dimitra Zotos, Nicholas J Bernard, Anna K Scherger, Mark J Smyth, Ricky Johnstone, David M Tarlinton, Stephen L Nutt e Axel Kallies

Instituição: Instituto Walter e Eliza Hall, na Austrália, e outras

Continua após a publicidade

Resultado: Os pesquisadores descobriram que o nosso sistema nervoso elimina células com mutações, para evitar o linfoma não-Hodgkin

O linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer que atingiu Dilma Rousseff e Reynaldo Gianecchini, manifesta-se quando células encarregadas de defender o organismo de infecções se desenvolvem de forma inadequada e se espalham pelo organismo. Em 2012, esse tipo de tumor apareceu pela primeira vez na lista dos tipos de câncer mais incidentes entre os brasileiros, elaborada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). A estimativa para 2014 é de que a doença seja responsável por 1,6% dos novos casos de câncer em homens e 1,8% em mulheres.

Os fatores de risco para o desenvolvimento desse tumor incluem sistema imune comprometido, exposição a certos agentes químicos e altas doses de radiação. Entre os sintomas comuns estão o aumento dos gânglios do pescoço, axilas ou virilha, sudorese noturna excessiva, febre e perda de peso sem explicação.

De acordo com o estudo, conduzido por pesquisadores do Instituto Walter e Eliza Hall, na Austrália, a capacidade do sistema imunológico de eliminar essas células que crescem desordenadamente explica o fato de o linfoma não-Hodgkin ser relativamente raro – o que eles consideram surpreendente, levando em consideração a frequência elevada com a qual os linfócitos B, células que produzem anticorpos, sofrem as mutações que podem causar a doença.

Leia mais:

Linfoma não-Hodgkin afeta mais os homens

Restrição calórica pode ajudar no combate ao câncer

Prevenção – A equipe realizou a descoberta ao estudar as mudanças que ocorrem nos linfócitos B quando o câncer se desenvolve. “Como parte da pesquisa, nós tornamos os linfócitos T incapazes de atacar o sistema imunológico. Para a nossa surpresa, a doença se desenvolveu em semanas, quando normalmente levaria anos”, afirma Axel Kallies, integrante do grupo de pesquisadores. Os linfócitos T, células de defesa, são os responsáveis pela eliminação dos linfócitos B que sofrem mutações potencialmente cancerígenas.

Segundo os autores, esse estudo pode contribuir para a identificação precoce das células causadoras do câncer ainda em estágio inicial, permitindo que seja feita uma intervenção em pacientes com risco elevado de desenvolver a doença.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.