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Procura-se voluntário que fique deitado dois meses. Pagam-se €16 mil

Cientistas franceses procuram 24 pessoas dispostas a passar dois meses na cama como parte de um experimento para um estudo sobre microgravidade

Por Da redação
Atualizado em 5 abr 2017, 13h59 - Publicado em 4 abr 2017, 11h57

Você estaria disposto a passar dois meses na cama, fazendo absolutamente nada, e ainda receber dinheiro por isso? Pode parecer um emprego bom demais para ser verdade – porém, cientistas do Instituto para Medicina Espacial e Fisiologia, na França, estão oferecendo 16.000 euros (cerca de 53.200 reais) a 24 homens jovens e saudáveis que estejam dispostos a fazer isso em nome da ciência. O experimento faz parte de um estudo sobre microgravidade, que tenta simular o ambiente vivido pelos astronautas quando estão na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

O objetivo é avaliar os efeitos da quase ausência de gravidade por períodos prolongados no corpo humano e, assim, encontrar uma forma de evitá-los. O coordenador do estudo, Arnaud Beck, disse em entrevista ao jornal francês 20 Minutes que o trabalho é bem mais difícil que parece, uma vez que a pessoa não poderá levantar para comer, tomar banho, ir ao banheiro ou realizar qualquer outra tarefa do dia a dia. Assim como os astronautas quando passam períodos longos no espaço, os voluntários que já passaram por experiências semelhantes apresentam perda muscular nos membros inferiores, diminuição da densidade dos ossos e dificuldade para permanecer em pé.

Durante as duas primeiras semanas, os candidatos – homens de 20 a 45 anos que não fumam, não têm alergias, possuem um índice de massa corporal (IMC) entre 22 e 27 e praticam esportes regularmente – vão ser submetidos a uma bateria de testes antes de passar 60 dias sem sair da cama.

“A regra é manter pelo menos um ombro em contato com a cama”, disse Beck. Os participantes também têm de ficar com a cabeça voltada para baixo a uma inclinação igual ou menor do que seis graus.

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Depois desse período, eles vão repetir a bateria de testes durante mais duas semanas, passando também por uma fase de “recuperação” para retornar ao estado normal.

“Em certas condições, o sistema cardiovascular é afetado e não consegue fazer os mesmos esforços como antes do experimento. Observamos uma maior tendência em cair a pressão sanguínea e a pessoa sentir tontura ou fraqueza”, afirma Beck.

Scott Kelly e a missão de um ano

A Nasa iniciou em 2015 um estudo que também tenta investigar os efeitos de uma estadia prolongada no espaço. No caso da agência espacial americana, o astronauta Scott Kelly foi enviado à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para passar um ano em ambiente de microgravidade, enquanto seu irmão gêmeo, o astronauta aposentado Mark, permaneceu no planeta.

Agora que Kelly retornou à Terra, os cientistas estão avaliando quais mudanças ocorreram em seu corpo enquanto ele esteve no espaço, e comparando os resultados com seu irmão. Embora o estudo ainda esteja em curso, alguns efeitos da permanência prolongada na microgravidade observados no astronauta já foram revelados.

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