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Prepare-se para ver Marte – o mais perto possível da Terra

Fenômeno acontece a cada 2 anos e 50 dias. A partir das 21h de sábado, no horizonte Leste do céu, poderá ser vista uma estrela vermelha brilhante

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 Maio 2016, 12h24 - Publicado em 20 Maio 2016, 10h37

A partir da noite deste sábado (21), um espetáculo ocupará o céu: Marte vai entrar em oposição, podendo ser visto a olho nu de todo Brasil. Até o domingo (22), o planeta vermelho estará alinhado e em oposição ao Sol . Na segunda-feira (30), daqui a 10 dias, Marte vai atingir o ponto mais próximo da Terra em 11 anos. “A oposição de Marte ocorre quando Sol, Terra e o planeta vermelho estão alinhados, com o nosso planeta no meio. Isso faz com que Marte fique o mais próximo possível da Terra, podendo ser visto a olho nu como uma estrela vermelha muito brilhante no céu”, disse Daniel Mello, astrônomo do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mesmo assim, o melhor momento para observar o fenômeno será no final de semana, enquanto Marte está na constelação de Escorpião.O evento acontece a cada 2 anos e 50 dias.

Para conseguir acompanhar o evento no céu, os entusiastas e astrônomos devem olhar, a partir das 21h, para o horizonte Leste do céu, onde nasce o Sol. “As pessoas devem buscar, a Leste, um ponto vermelho na constelação de Escorpião. O ideal é observar o espetáculo por volta da meia noite, quando já não teremos tantas interferências atmosféricas que comprometam a observação. A melhor visualização é feita com telescópios e em locais mais afastados, como campos e litorais. Mesmo assim, por ser bastante brilhante, Marte vai poder ser observado em grandes cidades a olho nu – claro, se as condições forem favoráveis: céu limpo, sem nuvens ou chuva”, explica Mello.

O alinhamento entre Sol, Terra e Marte ocorre entre o sábado e o domingo, mas o fenômeno de aproximação do planeta vermelho com a Terra começa uma semana antes e vai até uma semana depois. Marte deve atingir seu ponto mais próximo da Terra em 11 anos na segunda (30), quando ficará a aproximadamente 75.3 milhões de quilômetros do nosso planeta. “Como o planeta vermelho vai estar muito próximo, poderemos observá-lo com mais detalhes durante esse período”, afirma o astrônomo.

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Lua Azul (ou Blue Moon, no inglês) – Além de Marte, na noite entre sábado e domingo o céu também será ocupado por outro evento: a Lua Azul. Aparecendo no céu como uma Lua cheia comum, a Lua Azul não é gigante, nem com coloração azul. O que ela tem de diferente? A história. “No século XIX, para contar os meses de uma estação e se preparar para a entrada da próxima, as pessoas utilizavam as Luas: como o ano possui quatro estações distintas e temos 12 meses, cada estação teria 3 meses. Para saber quando a estação iria mudar, eram contados os números de Luas cheias; a cada três Luas cheias (que ocorrem uma vez por mês) , mudava a estação – e a terceira Lua, portanto, anunciava essa mudança”, explica Mello.

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O problema é que a contagem de períodos lunares é de 29 dias, enquanto nossos meses têm entre 30 e 31 dias. Isso fez com que, em determinadas estações, ao invés de três luas, quatro Luas cheias participassem de um ciclo – ou seja, a terceira lua não era exatamente a que anunciava a entrada da próxima estação. A essa lua específica (a terceira de uma sequência de quatro luas) foi dado o nome de Blue Moon. “No inglês antigo, o nome dado à Blue Moon não significava Lua Azul, mas sim Lua Traidora: justamente porque não anunciava o final de uma estação, mas ‘enganava’ as pessoas. A tradução original foi perdida com os aprimoramentos da língua e substituição do termo original por ‘blue’ (azul, em inglês). Assim, hoje a chamamos de Lua Azul”, disse Mello.

A partir de meados do século XX, um astrônomo amador confundiu a denominação original da Lua Azul e acabou por apelidar a segunda Lua cheia de um único mês de Lua Azul: isso fez com que, dentre as denominações, existissem dois “tipos” de Luas Azuis – a da denominação original, e a nova denominação astrônomo amador (mais utilizada por cientistas atualmente).

Neste final de semana prepare-se para ver Marte “visitando” nosso planeta e uma verdadeira Lua Azul do século XIX.

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