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Prepare-se para uma longa terça-feira. Ela terá um segundo a mais

Último minuto de junho terá 61 segundos. O tempo extra é para ajustar relógios à rotação da Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h03 - Publicado em 29 jun 2015, 20h18

Com veículos e informações rápidas, o mundo parece girar mais veloz. Mas a Terra, que não costuma respeitar o ritmo da tecnologia, está rodando mais devagar. Por isso, nesta terça-feira, o dia será mais longo: terá 1 segundo extra. Com essa piscar de olhos, os relógios serão sincronizados com a rotação do planeta. Não é muita coisa, mas é um lembrete importante de que o tempo, esse que conhecemos e é marcado pelos relógios e celulares, não é mais que uma construção humana.

“A rotação da Terra está diminuindo gradualmente, e segundos a mais são uma forma de dar conta disso”, afirmou Daniel MacMillan, astrônomo da Nasa, em comunicado da última sexta-feira.

Assim, o último minuto do mês de junho de 2015 vai durar 61 segundos, em vez dos 60 usuais. O fenômeno se explica pela rotação irregular da Terra, e não é novo: desde 1972 eles costumam surgir. O último aconteceu em 2012 e, antes, em 2008.

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Isso acontece porque nossos relógios são ajustados de acordo com o Tempo Universal Coordenado (UTC, na sigla em inglês), base para todos os fusos horários. Esse tempo é dado por um sistema de relógios atômicos muito precisos, que calculam a duração de um segundo de acordo com mudanças bastante previsíveis de átomos de césio. É necessário mais de 1,4 milhão de anos para que o césio perca um segundo.

Nosso planeta, entretanto, não é tão bom com as horas. Na teoria, a Terra leva 86 400 segundos em uma rotação (é o número contido em 24 horas). Mas, na prática, a duração é de 86 400,002 segundos. Ou seja, ela está um pouquinho atrasada. Isso acontece por efeito da força de atração gravitacional entre a Lua e o Sol, responsável pelas marés. Também depende de movimentos atmosféricos, variações dos gelos e forças como os terremotos, que tornam o movimento de rotação um pouco mais lento.

Somados, todos esses milissegundos fariam com que os relógios ficassem em descompasso com o planeta. Por isso, os cientistas inserem esse segundo nos relógios com o objetivo de sincronizar a velocidade dos ponteiros com a da Terra.

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Sincronia digital – Se, em um dia comum, um segundo pode não fazer muita diferença, para as máquinas, é fundamental. “Os grandes sistemas de navegação por satélite, os principais sistemas de sincronização de redes de computadores, devem levar em conta esta alteração. Se não, correm o risco de ‘erros'”, explicou Daniel Gambis, diretor do Serviço de Rotação da Terra (sim, tal instituição existe!), em Paris.

No início do ano, a Nasa e o Instituto Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), na França, alertou fabricantes e responsáveis pelos sistemas digitais a respeito da alteração. Ela não deverá causar panes ou grandes problemas nos sistemas. Afinal, com esse método, 26 preciosos segundos foram adicionados aos dias desde 1972.

(Da redação)

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