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Por que os homens não têm osso no pênis? Cientistas têm resposta

Estudo publicado nesta quarta-feira sugere que monogamia e rápida penetração eliminaram o osso em nossa espécie

Por Da redação
14 dez 2016, 17h13

A maior parte dos mamíferos possui um osso no pênis – mas a espécie humana é uma curiosa exceção. Em alguns primatas, o báculo, nome dado a esse osso, pode ter até cinco centímetros. Bastante diverso em termos de extensão, o osso do pênis é considerado pelos cientistas um dos mais variados da natureza. Para descobrir as razões por trás dessa diversidade, cientistas da University College London (UCL), na Inglaterra, resolveram estudar sua evolução nos animais. Em estudo publicado nesta quarta feira no periódico científico Proceedings of the Royal Society B , os pesquisadores sugerem que a ausência do báculo entre os homens têm duas razões: a monogamia e a rápida penetração.

Para chegar a essa conclusão, os antropólogos Matilda Brindle e Christopher Opie compararam os ossos do pênis dos mamíferos e analisaram fatores como número de parceiros, duração da penetração e seleção sexual entre as espécies. O estudo revelou que ele surgiu nos mamíferos entre 145 milhões e 95 milhões de anos atrás e, nos primatas (nosso grupo), está presente há cerca de 50 milhões de anos. A partir daí, o báculo tornou-se maior em algumas espécies e menor em outras. No macaco arctoides, espécie que não pesa mais de dez quilos, o osso do pênis tem até cinco centímetros, enquanto nos chimpanzés, tem entre seis e oito milímetros.

Relações rápidas

Segundo os pesquisadores, esse tipo de osso é maior em animais que praticam longas penetrações – o que, para os cientistas, significa mais de três minutos. “O báculo tem um papel importante nas espécies em que os machos enfrentam altos níveis de competição sexual. Prolongar a penetração ajuda a macho impedir que a fêmea copule com os concorrentes, aumentando as chances de passar seu material genético adiante”, explicou Brindle, em comunicado da UCL. O osso, que está preso à ponta do pênis, é um apoio estrutural para os machos que praticam esse tipo de relação.

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De acordo com o estudo, na espécie humana, o báculo possivelmente desapareceu ao mesmo tempo em que a monogamia (ou, segundo outras teorias, a poliginia, em que o macho tem várias parceiras) se tornou a estratégia dominante de reprodução, há cerca de 1,9 milhão de anos. Entre os Homo erectus, ancestral humano em que a prática parece ter surgido, o macho não precisa passar um longo tempo na penetração, pois não precisa competir com outros do grupo.

“Acreditamos as pressões evolutivas para a existência do báculo possivelmente desapareceram nesse ponto. Com menos competição por companheiras é pouco provável que o macho precise de um báculo. Embora pensemos que não, somos realmente uma das espécies abaixo do limite dos três minutos em que esse tipo de coisa seria útil”, explicou Opie ao britânico The Guardian.

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