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Plutão pode abrigar oceano em seu interior, dizem cientistas

Estudos sobre a planície Sputnik, região gelada de Plutão, levou pesquisadores a formular a hipótese de que um oceano subterrâneo no planeta anão

Por Da redação
Atualizado em 16 nov 2016, 21h07 - Publicado em 16 nov 2016, 21h05

Plutão pode ter um vasto oceano sob sua superfície, afirmam estudos sobre a planície Sputnik, região gelada localizada no planeta anão. Dois artigos publicados na revista Nature, nesta semana, analisam a formação e evolução da planície, que fica no lado oeste da Tombaugh Regio, área em forma de coração que passou a ser estudada em detalhes com as imagens enviadas pela missão New Horizons.

A existência do possível oceano pode ajudar os pesquisadores a compreender os corpos celestes localizados nos confins do universo – acredita-se que planetas anões como Plutão, que fica a 5,9 bilhões de quilômetros do Sol, sejam relíquias de mais de 4 bilhões de anos que podem trazer dados reveladores sobre as origens do sistema solar.

Oceano de Plutão

Desde que a missão New Horizons enviou dados inéditos sobre Plutão, os cientistas buscam descobrir como foi formada a planície e por que essa região está sempre na posição oposta à lua Caronte, a maior do planeta anão.

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Um dos estudos publicados na Nature afirma que isso aconteceu devido ao oceano sob a superfície da planície – ele teria uma massa tão grande que faria o planeta anão “tombar” para um lado. De acordo com a pesquisa, liderada por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, o impacto de um meteorito em Plutão fez com que uma quantidade imensa de gelo fosse ejetada do planeta, deixando apenas uma fina lâmina de gelo. Se um oceano, possivelmente líquido, existisse sob essa camada, ele empurraria o gelo para cima, preenchendo a cratera deixada pelo impacto. Com o nitrogênio congelado que se acumulou na região ao longo do tempo, a massa da região seria maior do que antes do impacto, o que provocaria a “inclinação” de Plutão. Sem a ajuda do oceano, a camada de nitrogênio congelado deveria ter uma espessura de cerca de quarenta quilômetros para causar os mesmos efeitos, um cenário que os pesquisadores afirmam que seria “implausível”.

O outro estudo, de cientistas americanos e japoneses, sugere que Plutão passou a ser inclinado em algum momento de seu desenvolvimento – as evidências são as rachaduras na crosta do planeta anão. A reorientação pode ter acontecido devido à presença de um oceano subterrâneo, mas outras explicações, como o depósito do material ejetado pelo impacto do meteorito dentro e ao redor da cratera com o posterior acúmulo de grandes massas de nitrogênio congelado, também são mencionadas pelos pesquisadores.

Os dois estudos reafirmam a necessidade do desenvolvimento e aprofundamento dos estudos sobre Plutão, que pode trazer resultados surpreendentes e ajudar na compreensão de corpos celestes distantes. Além disso, onde há água, ainda mais acumulada em um oceano, é possível que haja vida, já que a substância é condição essencial para seu surgimento. Os astrônomos consideram improvável que qualquer tipo de microrganismo se desenvolva no planeta anão, mas afirmam que Plutão tem se mostrado um mundo “surpreendentemente diverso e geologicamente dinâmico”.

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