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Adeus, Rosetta: sonda pousa em cometa e finaliza missão

Rosetta tocou a superfície do cometa a uma velocidade de 3,2 quilômetros por hora e, antes de se desligar, mandou dados durante 40 minutos

Por Da redação
30 set 2016, 11h44

A missão Rosetta, que fez um pouso histórico em um cometa, finalmente chegou ao seu fim nesta sexta-feira. A sonda começou sua lenta descida em direção a 67P/ Churyumov-Gerasimenko na noite de quinta, permitindo-a observar o cometa muito de perto antes do impacto final com o corpo celeste. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), Rosetta tocou a superfície de 67P a uma velocidade de 3,2 quilômetros por hora e, antes de se desligar, mandou dados durante 40 minutos.

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“Posso confirmar: descida completa e bem-sucedida”, declarou o chefe da missão, Patrick Martin, no centro de controle da ESA em Darmstadt, Alemanha, anunciando o fim da missão. “É como uma eutanásia cósmica”, afirmou, emocionado, Roger Bonnet, ex-diretor científico da ESA.

Esse é o desfecho espetacular de uma odisseia espacial de mais de 12 anos acompanhando o cometa 67P ao redor do Sol. Rosetta utilizou suas últimas forças para acumular a maior quantidade possível de imagens e dados científicos desta última missão: a meta de Rosetta era fazer imagens muito próximas, registrar os gases, medir a temperatura e a gravidade de 67P. No Twitter, a página da missão publicou a última imagem capturada por Rosetta, quando faltavam apenas 51 metros para o pouso no cometa.

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As imagens e os dados coletados sobre a poeira e os gases que saem do 67P são importantes para continuar avançando na compreensão do processo de formação dos cometas e do nosso sistema solar.

O fim de Rosetta

A jornada da sonda Rosetta, que liberou o robô Philae para o primeiro pouso feito em um cometa, estava programada para acabar em 2015, mas os astrônomos decidiram ampliar a missão. A página da Rosetta publicou as famosas animações da sonda; desta vez, no fim de sua jornada.

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A região que foi escolhida pela ESA para receber Rosetta é chamada Ma’at, nome de uma antiga deusa egípcia relacionada à harmonia e ordem, e está na “cabeça” do 67P. O lugar fica no menor dos dois lóbulos do cometa, e abriga várias fossas ativas de mais de 100 metros de diâmetro e entre 50 e 60 metros de profundidade, que expelem diversos jatos de pó.

Missão

A sonda Rosetta realizou um longo percurso pelo sistema solar, que começou em 2 de março de 2004 e cobriu 6,4 bilhões de quilômetros até chegar ao cometa, em agosto de 2014. Em novembro de 2014, o módulo Philae aterrissou sobre a superfície gelada do cometa 67P, após separar-se da sonda mãe Rosetta. Philae, no entanto, está inerte desde julho de 2015, quando suas baterias se esgotaram e não puderam ser recarregadas. Durante o pouso, o módulo quicou na superfície do cometa, fazendo com que ele ficasse em um local acidentado e impedindo que ele direcionasse seus painéis solares de modo correto. O robô ficou com pouca exposição solar e, consequentemente, sem maneiras de se carregar.

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Agora, Rosetta e Philae acompanharão o cometa 67P para sempre, pondo fim a uma aventura sem precedentes na história da conquista espacial.

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